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Sabe aqueles filmes, que logo que inicia, te prende a atenção de forma a te deixar com a sensação de estar preso a cadeira?

Pois é , muitas vezes estamos acostumados a ter essa sensação, somente quando estamos assistindo um filme Hollywoodiano, ou um  filme de ação australiano, no estilo Mad Max. Mas acreditem, nós brasileiros, estamos produzindo coisas maravilhosas, que valem a pena serem vistas, faladas e criticadas.

E o filme Vidas Partidas trouxe isso. Esse prender de atenção, envolvido em muita emoção. Com uma atuação intensa dos atores, que é perceptível até na forma deles falarem sobre a obra, e como foi a preparação artística para essa obra.

É claro, que estamos falando de um filme que para uma mulher, com certeza, ele se torna ainda mais profundo e cheio de emoções, porque está tocando num assunto sério, que é da violência doméstica sofrida por mulheres.

Nesse quadro, é importante observar que, segundo dados da ONU, 7 a cada 10 mulheres ou já foram, ou serão violentadas. E no trailer do filme, fala que a cada 2h uma mulher é assassinada.

Creio que só por esses dados, o filme já se torna necessário para que ele seja veiculado de forma ampla, para que a maioria das mulheres tenham acesso, e com isso, possam tirar suas próprias conclusões, daquilo que estão vivendo dentro de suas casas. E o quanto vale a pena viver sob o mesmo teto do agressor, que na maioria dos casos, é o seu companheiro.

Marcos Schechtman, diretor do filme, trabalhou uma sensibilidade tamanha junto a sua  equipe. E é interessante, que já no primeiro longa do diretor, ele mostra um trabalho muito bonito, expressivo e intenso.

Marcos anteriormente, trabalhava uma outra linguagem, que é o das telenovelas. Que aliás, é importante frisar, que é um diretor com currículo riquíssimo, com o prêmio Grammy, recebido em 2009, com a “Melhor Novela de Televisão do Ano”.

“Não é um filme com traços feministas”, como a própria atriz protagonista e produtora do longa, Naura Schneider, afirma, “mas é um filme que fala do feminino”.

Naura, que atua incrivelmente, fez uma pesquisa de mais de 3 anos nessa área de violência contra a mulher, pois não entendia o porquê, de uma pessoa não sair dessa situação, de estar sendo psicologicamente ou fisicamente agredida.  E por isso, toda a preparação artística, que foi realizada em 8 meses, foi muito importante, para que houvesse a total compreensão de sua personagem.  Até  o trabalho de um profissional de  psicanálise, teve que ser envolvido.

A personagem Graça, segundo Naura, é um pouco de cada mulher. E tudo que ela quer é manter o núcleo familiar.

Já a personagem da atriz Juliana Schalch, vive quase uma inocência. Aquela inocência gostosa da paixão. No entanto, os transtornos gerados dessa inocência, vão muito além de uma simples aventura.

Enquanto isso, a atriz Georgina Castro, vive uma personagem que é observadora, mas é limitada em seu poder de solucionar os problemas da família, e também, é de alguma forma, psicologicamente massacrada por seu patrão.

Falando sobre o ator Domingos Montagner, é tão boa a sua atuação, que com certeza, esse será um dos papéis, que algumas pessoas,  encontrarão o ator na rua, e começarão a chamar sua atenção. Creio que poderá acontecer, esse tipo de confusão entre ator e personagem para o público.

Enfim, todo o elenco está de parabéns!

A história é ótima, apesar de ser um drama triste, que gostaríamos que fosse apenas histórias. Sem bases em números e histórias da vida real.

O lançamento de Vidas Partidas acontecerá no próximo dia 04 de agosto de 2016! Não percam!!!

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