imagesA série de produção do Netflix trás uma trama política nos Estados Unidos, daquelas que prende o espectador desde o primeiro episódio, instigante e surpreendente. O esperto e ganancioso congressista Frank Underwood fará de tudo para conseguir alcançar suas ambições de poder. Após ser traído pelo presidente que ele ajudou a eleger, Frank (Kevin Spacey) com a apoio de sua esposa Claire (Robin Wright) , inicia um plano para conseguir derrubar todos os adversários a sua frente.

Por mais que pareça que a principal moeda do mundo é o dinheiro, em House of Cards vemos claramente que para grande parte do mundo o que move de verdade é a sede de poder, o quanto podemos chegar longe e influenciar as pessoas. Frank além de protagonista, conversa com o espectador, o que nos auxilia a facilmente nos conectarmos com ele e torcer para que seus planos deem certo, mesmo sabendo o quão censuráveis eles possam ser. O estilo de contextualizar as situações através das intervenções do personagem, ajudam a nortear os acontecimentos da trama, que são muitos e simultâneos.

Na primeira temporada já fica claro a base de personalidade de cada um dos personagens principais e dos que estarão no pano de fundo mais diretamente na trama. Na primeira cena Frank mostra para que veio, um homem com coragem de fazer tudo que a maioria das pessoas não teriam (ele quebra o pescoço do cachorro do vizinho após  o animal ser atropelado e estar agonizando). Frank Underwood, do Partido Democrata, tem a ambição de tornar-se secretário de Estado, mas Linda Vasquez (Saquina Jaffrey), Chefe de Estado, atrapalha seus planos e indica outro nome em seu lugar, julgando que o presidente ainda precisará do apoio de Frank no Congresso, após esse acontecimento, Frank começa a arquitetar seu plano de vingança e subida ao poder. Nessa primeira temporada, seus principais artifícios para a conquistar o que deseja será usar a Jornalista Joe Barnes e o Deputado Peter Russo.

Seu casamento com Claire é o que lhe dá força direta para alcançar seus objetivos, ela assim como ele não tem pudor de fazer o que for necessário para subir. Ela tem uma ONG que ajuda a levar água para as comunidades africanas,  e assim como na política, lida com troca de favores, e acertos sociais que para quem não tem conhecimento sobre o assunto, pode parecer estranho, mas são bem reais. O relacionamento do casal não existe censura, nem mentiras, mas isso não os livra de problemas conjugais.

Zoe Barnes é uma jornalista no início da carreira, que como ele quer subir rápido na vida, ela trabalha no jornal “The Washington Herald”, Frank e ela começam um caso, totalmente impulsionado pela sede de poder de ambos, ele passa a fornecer informações privilegiadas e que o beneficiam a Zoe, que através de seu trabalho na imprensa consegue divulgá-las facilmente.

O congressista é capaz passar por cima de quem ou o que for necessário, ele manipula o Deputado Peter Russo, pais de um casal de crianças, com vício em drogas e envolvimento com prostitutas a se lançar numa candidatura para governador, mas há muito mais por trás dessa ajudado que Peter imagina, o desenrolar da trama e como ele tem tudo maquiavelicamente arquitetado é de impressionar.

Vários episódios são marcantes, mas destaca-se em especial o que Frank será homenageado com seu nome na nova biblioteca da faculdade que estudou. Ele reencontra os velhos amigos do passado e relembra fatos da vida que deixou para trás e seu relacionamento amoroso com um dos colegas, o que faz o espectador pensar muito sobre o relacionamento dele com Claire e com Zoe, até onde o poder dita as relações de Frank? Uma das falas que mostra como o personagem pensa é “Tudo no fim das contas tem a ver com sexo. Exceto o sexo. Sexo tem a ver com poder”.

House of Cards é uma série que veio para ficar, com tramas incríveis e personagens envolventes.

 

 

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