O filme de Thomas Vinteberg fala sobre conceitos e filosofias de vida em sociedade. Nos anos 70, o casal Erik e Anna, ele professor universitários e ela apresentadora de telejornal, e sua filha adolescente, Freja, vivem em uma residência dentro dos padrões normais até que resolvem montar uma comunidade na casa que Erik vivido por Ulrich Thomsen recebe de herança. Ao tentar uma nova fórmula de sociedade eles veem os sonhos desabarem em suas cabeças em forma de realidade quando ela se apresenta em sua porta. A filosofia hippie de viver em comunidade compartilhando tudo foi um sonho e um experimento que todas as pessoas envolvidas sofreram baques em forma de problemas cotidianos. A família de três pessoas, logo recebe mais sete indivíduos para dividir a casa: um casal com filho pequeno com uma doença terminal, um solteirão excêntrico, um desempregado, uma amiga solteira e a nova namorada do marido de Anna. Com isso, se divide, comida, bebidas, cômodos da casa, regras de cada um e o conflito de todos.

O roteiro é linear e trabalha a história em quatro níveis de situação. Apresentação, a formação da situação, o conflito, as mudanças causadas pelos conflitos e claro, a solução. Em algumas situações as motivações são fracas demais para sustentar a ação seguinte.

O filme tem um ritmo mais devagar no desenrolar da história e algumas situações são colocadas de qualquer jeito como se sentisse o ritmo devagar e quisesse correr atrás do prejuízo e acelerasse os acontecimentos.

O elenco é bom com destaque para Trini Dyrholm que interpreta Anna,  a personagem com mais nuances de mudanças, o que proporcionou a atriz usar várias ferramentas de interpretação.

O filme tecnicamente poderia ser melhor. A fotografia é granulada e muito pastel incomoda um pouco. A trilha sonora é meio arrastada. A montagem é boa sem nada demais.

No fim das contas “A Comunidade” é um filme com altos e baixos, mas sem um propósito aparentemente real.

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