“A fotografia é uma arte funerária, assim que tirou já passou.” -Robert Doisneau
O documentário francês Robert Doisneau – Through the Lens que está atualmente em cartaz no Festival do Rio e narra a vida de um dos fotógrafos mais importantes da década de 20 através de comentários de sua neta através de imagens icônicas feitas pelo avô em preto e branco.
O filme narra a vida de Doisneau desde sua infância, passando por todos os momentos importantes de sua carreira como fotógrafo. Desde quando o meio-irmão Lucien, que nem era tão chegado assim, emprestou sua câmera, depois passou um tempo trabalhando como fotógrafo da fábrica de carros Renault, época em que começou a testar várias técnicas fotográficas e aperfeiçoou as mesmas. Foi depois que se casou com Pierrette que sua carreira como fotógrafo deslanchou de verdade.
Segundo Doisneau “Tirar fotos é um meio de conhecer pessoas.”. Depois de um tempo ele foi trabalhar na agência publicitária Rapho onde foi fotógrafo de moda por dois anos onde fez várias fotos para a revista Life que incluíam a tão famosa foto do “O beijo do Hôtel de Ville” que acreditem ou não foi encenada com modelos.
Segundo o fotógrafo suas fotos não devem ser consideradas nostálgicas mas sim uma revolução silenciosa e que todo fotógrafo deve ter três características: a curiosidade, desobediência e a paciência de um pescador. Ele também lembra que algumas das fotos eram inusitadas e que usava muito as netas como modelos além de preferir fotografar em pb porque era mais barato.
Doisneau é um dos fotógrafos mais exibidos ao redor do mundo e morreu no dia Primeiro de Abril de 1994. O documentário dirigido e roteirizado por Clémentine Deroudille e está sendo distribuído pela Fênix Distribuidora de Filmes, mostra não somente fotografias tiradas pelo fotógrafo mas também imagens de seu acervo familiar pessoal mostrando sua juventude além de sua família com esposa, filhas e netas assim como seus amigos e colegas de profissão.
Texto Originalmente publicado no Tabula Rasa
