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O Filho Eterno – Brasil, 2016. 82 min. – Direção: Paulo Machline

Com: Marcos Veras, Débora Falabella, Pedro Vinicius, Uyara Torrente, Augusto Madeira
Adaptado do livro homônimo de Cristovão Tezza, que também deu origem a um monólogo teatral ganhador de dois prêmios Shell, chega às telas “O Filho Eterno” dirigido por Paulo Machline (o mesmo de “Trinta” de 2012). A trama descreve como um pai é afetado após o nascimento do seu primeiro filho com síndrome de Down.

O roteiro, assinado por Leonardo Levis, faz o possível para inserir um texto denso e severo para um universo imagético, mas esquece de inserir tramas paralelas para enriquecer a história que envolve dificuldades paternas e filhos rejeitados. O resultado é uma chorumela repetitiva reforçada por uma trilha melódica cujos acordes reforçam a sensação de melodrama piegas. A escolha do comediante Marcos Veras para o papel principal soa como uma boa tentativa em sustentar a reputação que a comédia e a tragédia andam de mãos dadas, mas o trabalho de Veras é questionável, pois o ator esforça-se em demasia para demonstrar o desespero de seu personagem prejudicando a interpretação. O trabalho da equipe técnica é digno de nota (o filme passa-se nos anos 80) e a metáfora com a seleção brasileira é justificável a medida que pai e filho se reencontram, mas Machline não consegue ir além do óbvio em um filme cuja história renderia um poderoso drama sobre aceitação e perdão.

https://www.youtube.com/watch?v=EOXnjv8Xz2o

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