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Oliver Stone sempre foi muito critico com relação ao seu país, os Estados Unidos, e basta observar sua filmografia para constatar isso. Talvez Stone já estivesse ansiosamente planejando fazer esse filme, quando veio a tona o escandaloso caso do ex-agente da CIA, Edward Snowden, que delatou a vigilância massiva do governo norte-americano com seus cidadãos e o restante do mundo.
Seria um prato cheio. O diretor deste “docudrama” já o inicia, avisando que o filme é a dramatização de um fato real. Isto é considerado bem interessante porque o estilo dele costuma ser mais agressivo, o que não é o caso dessa produção, que por vezes chega a ser um pouco monótona, sóbria e acomodada.
Em certos trechos, há tentativas de se construir momentos mais impactantes e até mesmo pequenas sequências de suspense, porém, não foge ao tom documentarista proposto e anunciado.
O ator protagonista é Joseph Gordon-Levitt e ele está bem em seu papel, dando fidelidade e luz à vida de Snowden, colorindo com um bom trabalho, esse documentário.
Shailene Woodley, uma das novas queridinhas em ascensão de Hollywood retrata dignamente e com emoção a esposa de Edward, Lindsay Mills. O casal se conhece em um site de relacionamentos e a partir daí, se conecta. A relação sentimental do casal acaba ganhando bastante terreno na estória, talvez na tentativa de humanizar as personagens e consequentemente, o filme.
As duas horas e quatorze minutos de “Snowden” falham como um “thriller” de espionagem, sendo pouco emocionante. Não se consegue ter sucesso em criar um ritmo apropriado de angústia ou cenas com mais clímax. E isto é compreensível, pois o próprio Stone já havia anunciado que seria uma dramatização – e para isso supõe-se fidelidade ao que já existe! Mas um pequeno toque usado no desfecho, funcionou bem como final do filme: A substituição Gondon-Levitt pelo Edward Snowden da vida real.

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