aku2o9dmcxqglds7sqhilzc5zdx“A Chegada” (Arrival no Original), está longe de ser um simples filme de invasão alienígena. Muito mais que isso, o foco é, justamente, o fundamento para a condição humana, em que o homem se diferencia de outros animais: A Linguagem.

Com uma filmografia de dar inveja a muito diretor renomado( Vide “Incêndios”, “Os Suspeitos”, “O Homem Duplicado”, entre outros), Dennis Villeneuve certamente atingiu o ápice da qualidade cinematográfica com essa nova empreitada. Não à toa, ele dirigirá a continuação do clássico “Blade Runner”.

Quando 12 naves espaciais chegam ao Planeta Terra em pontos aleatórios, cabe ao governo de diversos países tentarem estabelecer algum contato com os “Intrusos” e descobrir suas reais intenções. Aí que entra a renomada professora de linguística Louise Banks (Amy Adams), que já trabalhou para o governo americano e é novamente convocada pelo coronel Weber ( Forest Whitaker) para poder descobrir alguma coisa que possa estreitar laços com os seres extraterrestres, já que eles não demonstram nenhum comportamento belicoso ou amigável. Simplesmente estão ali, parados, até que Louise chega juntamente com o matemático Ian Donnelly( Jeremy Renner) e começam um longo e trabalhoso contato com os “Heptapods” ( Como são chamados os alienígenas).

O que é incrível nesse filme é justamente o foco no fator humano, que vai de encontro a exemplares do gênero. Então quem espera um filme-catástrofe, com explosões e o presidente norte-americano virando herói nacional, irá se decepcionar. ” A Chegada” tem um quê de “Interestelar”, só que mais compacto e muito mais prazeroso de se assistir (Não que o filme de Christopher Nolan não seja fantástico). Com isso, o espectador terá somente dois sentimentos: Ou irá amar ou, então, se decepcionará.

Baseado no conto Story of Your Life de Ted Cheng, o filme é brilhantemente conduzido pelo excelente roteiro de Eric Heisserer, que proporciona momentos de tensão e euforia, além de uma reviravolta de deixar o espectador de queixo caído. Aliado a isso, o elenco afiado complementa esse espetáculo, em especial Amy Adams, que interpreta uma professora competente e, ao mesmo tempo, expõe um drama pessoal logo nos primeiros minutos. Pontos também para a movimentação de câmera, que mostra a protagonista um tanto longínqua e sofrida, e a belíssima fotografia, aonde o enquadramento das naves e seu entorno é de um visual impecável.

Como já dito acima, “A Chegada” corrobora a competência cinematográfica de Dennis Villeneuve, o que o faz um dos diretores mais promissores da nova geração. Certamente irá para a corrida ao Oscar 2017 com grandes chances de estatuetas nas categorias principais.

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