O clássico “Colégio de Brotos” rodado na década de 50 “Os anos Dourados”tem como abertura e locação do colegial o “Montanha Clube” que sou sócia desde que nasci e herdei a titularidade do meu saudoso pai. O mais curioso que só assisti a este filme por indicação de Emídio Rufino, funcionário padrão mais antigo do clube, que tem o nome da portaria em sua homenagem e fez questão de me emprestar a fita. Este longa metragem em PB me trouxe muitas lembranças, pois através dele pude conhecer as transformações do Montanha sobre as lentes do renomado diretor de cinema e televisão Carlos Manga (*1928- +2015).
Confesso que fui surpreendida por um saudosismo de uma época áurea que não vivenciei, mas pude retratar através seus personagens. O insuperável Oscarito como sempre está impagável como o Agapito, faxineiro da escola, boa praça que se mete nas maiores enrascadas para descobrir o roubo das “moedas incas” sumidas após o professor de história, mostrar em sua aula. Guilherme representado pelo galã da época: Cyll Farney fazia muitas mocinhas suspirarem pelos cantos, como sua aluna sonhadora Susana interpretada por Inalda Francisco.
A película mostra um internato misto, onde moças e rapazes estudam na mesma escola, mas ficam em alojamentos diferentes. Agapito, porém é um funcionário diferente, pois tem como objetivo trabalhar como grande novelista, criador de “Radionovelas” e como tem uma aluna do colégio, a Lenita (Miriam Teresa) filha do diretor da rádio, Polípio (Edayr Badaró). O faxineiro faz a estudante se meter em várias confusões para conseguir o papel.
A investigação feita por Agapito para desvendar o desaparecimento das moedas está hilária e a virada da história acontece quando o nosso herói soluciona o mistério e é nomeado inspetor do “Colégio de Brotos” e se torna autor de “Radionovelas”, também. Produzida pela extinta “Atlântida” com lançamento datado em 22 de outubro de 1956, é o tipo de comédia musical que não capturamos mais nos dias atuais.
