REDEMOINHO
Redemoinho de vidas...

“Redemoinho” é primeiro filme do diretor José Luiz Villamarim com produção de Vania Catani que tem como característica lançar novos cineastas, que já se destacam em outras áreas. O longa fala de memórias, é atemporal e tem uma narrativa lenta mais que compensa com planos memoráveis dentro de uma fotografia excepcional do ícone da fotografia brasileira Walter Carvalho. Os elementos dramatúrgicos são personagens deste drama e fazem toda a diferença na narrativa, pois o plano de entrada do filme em cima daquela chuva mostra a melancolia que aquele lugar sombrio esconde e as passagens do trem em seqüências decisivas apontam que cidade parou. A trilha sonora se torna peça fundamental, como se fosse personagem.

 

A adaptação livre feita pela roteirista George Moura em cima do livro “O Mundo Inimigo” que faz parte da coletânea “Inferno Provisório” do autor Luiz Ruffato que retrata sua cidade natal:  Cataguases. Através da história contada vemos claramente que a cidade não se desenvolveu e ainda vive da tecelagem. A trama basicamente se desenvolve em cima da amizade de infância dos personagens Luzimar e Gildo vividos respectivamente pelos atores: Irandhir Santos e Júlio Andrade que se reencontram anos mais tarde, por acaso, quando Guido vai visitar a conformada mãe Marta interpretada brilhantemente por Cássia Kis Magro que repete inúmeras vezes: “- Fazer o que?!”.

 

Os protagonistas desta história Luzimar e Guido pontuam todas as tramas paralelas e seus personagens relembram de pessoas que são somente no decorrer da trama. É uma técnica perigosa, pois pode confundir a cabeça do espectador, que esperam a imagem dos fatos. Os planos de apresentação dos personagens não seguem um estereótipo convencional pois a personagem de Dira Paes, a Toninha, ex prostituta casada com Luzimar é apresentada andando de costas e seu rosto é revelado depois.

 

O casamento de Luzimar e Toinha está fadado ao fracasso, pois é algo bem arrastado e sem grandes emoções, pois  parece que todos se conformaram com aquela vidinha pacata. Tanto que Zunga (Démick Lopes) perdido no tempo e espaço, apenas sobrevive como se sua vida não tivesse valor nenhum e sua mãe Bibica, interpretada por Camilla Amado, mostra todo o conformismo daquela mulher naquele lugar.

PRÉ ESTRÉIA

No último dia 1º de fevereiro de 2017 ocorreu a Pré Estréia do primeiro longa do diretor José Luiz Villamarim que vêm se destacando no meio televiso e agora se arrisca no cinema, também. Tanto no Festival do Rio quanto na pré estréia no Espaço Itaú de cinema, na semana passada. A repercussão foi positiva, tanto para quem participou da feitura do filme, como para os amantes da sétima arte, curiosos e todos que de alguma forma torcem para a cinematografia brasileira. A produtora Vania Catani, amiga pessoal do diretor, foi uma das maiores incentivadoras para a sua realização.

No dia da apresentação, relatamos (eu e Andrea Cursino) através das declarações dos envolvidos no processo o orgulho de fazer parte desta equipe. Em depoimento exclusivo, a atriz consagrada Cássia Kis Magro conta o privilégio de participar de uma produção tão rica em detalhes na construção dos personagens no vídeo abaixo. Confiram nas telonas, a partir de hoje, dia 09 de fevereiro, Redemoinho – o filme – que mostra a realidade de uma gente simples, mas com muita história para contar…

 

Depois do depoimento exclusivo da atriz consagrada Cássia Kis Magro para o site.
Com o renomado diretor de fotografia Walter Carvalho

 

A musa Dira Paes

Destaque no diretor:

José Luiz Villamarim e a

Cássia Kis Magro, a Marta, de costas.

Cobrindo a pré estréia de “Redemoinho” com a crítica Andrea Cursino

 

  • AVALIAÇÃO FINAL
5

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