“Pitanga” é a memória da evolução do Brasil, uma parte da nossa história se encontra na trajetória deste grande homem que se dedicou muito em prol da sétima arte. A idéia surgiu de Camila Pitanga no lançamento do longa: “Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios” no Festival do Rio de 2011, que protagonizava e convidou o diretor do filme: Beto Brant para embarcar nesta singela homenagem em vida ao seu pai e eis que cinco anos depois nasce o primeiro documentário da atriz no Festival do Rio do ano passado e que agora entra em circuito nacional.
Com uma filmografia de dar inveja a qualquer mortal, pois são mais de 50 filmes no currículo de Antonio Pitanga, um dos precursores do Cinema Novo, que nas décadas de 60 e 70 emendava uma produção atrás da outra. Além de algumas curiosidades da vida deste baiano que foi o primeiro amor de Maria Bethânia, normalista na época.
O documentário é maneira bem democrática de conhecermos a fundo a alma humana do artista, através dele próprio e dos depoimentos dos que participaram da para sua formação como pessoa. A frase do cineasta Neville D’Almeida para Pitanga mostra a grandiosidade desta figura que só sorri enquanto ouve: “- Pra vocês eu sou macaco, mas isso vai acabar. O Brasil não pode continuar assim”. Infelizmente ainda é uma realidade, mas a luta continua.
Denominado como “pãe” pelos amigos, pois foi pai e mãe ao mesmo tempo, dos filhos: Camila e Rocco, Pitanga continua a encantar gerações e para finalizar a frase dele para ator Lázaro Ramos, mostra bem a sua personalidade: “Eu não quero tá atrelado a este ou naquele movimento. Eu prefiro ser um negro em movimento”.
Pitanga com os realizadores!*
De Filha para Pai! Amor incondicional! ♥♥
Bela homenagem!!!