Depois de tanto desinteresse nas series de TV,
uma série me prendeu a atenção o que vocês vão ler agora é como me rendi a série Grimm.
Quando era criança e adolescente gostava muito das séries que passavam na TV, como Star Trek, Buck Rogers, Casal 20, Magnum, Jennie é um Gênio, a Feiticeira, Agente 86, Os Gatões, Swatt, Kojak, As Panteras, 240 Robert, C.H.I.P.S, Terra de Gigantes, Perdidos no Espaço entre tantos outros. Gostava tanto das séries quanto dos filmes. Nessa época não existia TV à Cabo, celular e internet. A TV aberta era boa e nos alimentava com ótimos filmes e séries.
Nos anos 90 os formatos começaram a mudar e poucas séries me prendiam como Arquivo X, Família Dinossauro, McGyver, Esquadrão Classe A. Então surgiu a primeira empresa de TV à Cabo e a novidade de ter filmes, séries e desenhos animados sem intervalo comercial se tornou atrativa. Não existiam séries feitas para o canal, existiam séries que tinham os direitos de exibição vendidos para os canais de TV aberta ou à Cabo.
A primeira foi a TVA que não existe mais, seguida pela NET que é uma das maiores do País junto com a Sky que adota um sistema de transmissão por satélite. Mas as duas exibem quase os mesmos canais. A internet já estava nos lares de milhões de pessoas no Brasil e no Mundo. Com isso, abriu-se um leque para novas plataformas e o campo de comunicação, trabalho e entretenimento se ampliou no mundo. Nasceu então Netflix, uma provedora global de filmes e séries fundada em 1997 como se fosse uma locadora pelo correio. Com o desenvolvimento rápido da tecnologia, parou de enviar DVD e passou usar o sistema via streaming em 2007 nos Estados Unidos, 2010 no Canadá e depois para outros países, incluindo Brasil. Hoje e está em mais de 190 países e produz suas próprias séries e até concorre a importantes premiações como Globo de Ouro.
Hoje todos têm uma conta no NETFIX, algumas pessoas tem um combo na NET ou assina apenas a SKY. A TV aberta ainda exibe filmes e séries, mas ficaram para trás na busca do ávido público de séries de TV e filmes. A Rede Globo de Televisão é o principal canal da TV aberta no Brasil, perdeu muito do seu público cinéfilo e fãs de séries por fazer cortes e assim fica impossível apreciar o trabalho executado. Alguns filmes e histórias são tão mal cortados que perdem o sentido. No fim das contas as séries são menos mutiladas que os filmes, em compensação passam em horários bem tarde da noite, o que fica difícil acompanhar uma série durante a madrugada.
Algumas séries deixaram de ser séries com episódios fechados com começo meio e fim e iniciando uma nova história no outro episódio e se tornaram novelas. Como novela tem 8 meses de duração, ok. Séries são infinitas temporadas. Eu desanimo quando uma história não acaba. Muitas vezes isso se deve ao fato dos roteiristas esticarem demais as histórias.
Sempre ficava sem entender nada em conversas sobre séries de TV porque não acompanhava nenhuma das muitas séries em exibição nos inúmeros canais à cabo e Netflix. Me sentia como se tivesse ouvindo uma conversa em chinês. Não me interessava por nenhuma. Até tentava assistir, uma ou outra, mas não durava mais do que três episódios. Os amigos insistiram para eu assistisse “Once Upon a Time” sobre uma realidade alternativa dos contos de fadas. Assisti a primeira temporada e os primeiros capítulos da segunda. Achei legal até perceber que começava tudo de novo, resultado: sem paciência para continuar assistindo uma história que nunca tem fim. Também tentei acompanhar Marvel’s Agent of S.H.I.L.D por conta do Agente Phil Coulson, mas começou a ficar viajante demais e perdi o interesse e a paciência.
Até que um belo dia parei para assistir uma série chamada Psych. Achei interessantes os casos do falso vidente da polícia sendo esclarecidos no Universal Channel e assim, descobri no mesmo canal, o Grimm no final da quarta temporada. Esse me interessou e tem assim como psych começo, meio e fim de cada caso apresentado. Mas tanto um quanto outro tem uma história central que vai sendo desenvolvida as histórias paralelas que são resolvidas por episódio. Recentemente descobri outra série, Librarians onde a magia do mundo é protegida em uma biblioteca por bibliotecários. O mais interessante é que a série passeia entre personagens e histórias da literatura e entendemos um pouco as habilidades de cada bibliotecário.
Mas hoje posso dizer que me rendi ao Grimm! Procurei ver as temporadas anteriores e assisti o último episódio da sexta temporada onde tudo se encerra. Tudo on line. O Universal Channel é o canal que transmite no Brasil, tem hora que passa e tem períodos que esquece que tem gente esperando os episódios. De vez em quando, passa episódios de outras temporadas aleatoriamente. O canal não passou nenhum episódio da sexta temporada e deixou os fãs da série procurando para assistir on line. Na sexta-feira, dia 31 de março, o último episódio foi ao ar nos Estados Unidos e no dia 1 de abril estava disponível on line sem legendas que foram acrescentadas no domingo dia 2.
Avaliando a série em sua totalidade é com certeza uma das melhores que já vi. Tem um bom roteiro e nada é desperdiçado na trama. A linha de raciocínio é o ponto forte do roteiro e os encaixes das histórias estão perfeitos. Mesmo não assistindo desde o começo, você entende o que acontece, mas alguns detalhes aguçam a curiosidade de quem pegou a história no meio do caminho.
Algumas coisas eu queria entender como: como era a Juliette antes de virar uma Hexenbiest e como aconteceu isso? Como era Adalind Má? Como Nick e Monroe ficaram amigos? Como Hank e Wu descobriram os Wesen e os Grimm? Como surgiu a Truble? O que é essa organização secreta que Truble e Eva trabalham?
Outra coisa interessante é que a literatura dos irmãos Grimm foi bem aproveitada ao longo dos episódios. Os efeitos visuais, a maquiagem e os personagens são interessantes. A trilha sonora deixa marcado um som mais erudito de cordas lembrando a origem alemã dos irmãos Grimm.
Como tenho muitas coisas para falar sobre as 6 temporadas, resolvi então dividir por etapas. Na semana que vem vou falar sobre a primeira temporada de Grimm até completar as seis.
Aguardo vocês semana que vem para falarmos da primeira temporada da Série Grimm!
Até lá!
