Circo dos Horrores (Circus of Horrors) / Reino Unido, 1960. 92 min / Direção: Sidney Hayers / Com: Anton Driffing, Erika Remberg, Donald Pleasence, Jane Hylton.
Filmes sobre circos sempre foram um filão muito bem explorado pelo cinema. “Circo dos Horrores” (Circus of Horrors no original) é, talvez, um dos melhores exemplares do gênero, nem tanto pela qualidade técnica (a maquiagem é capenga), mas pela proposta em mesclar entretenimento com diversão grotesca. Os clichês são muito bem utilizados e apesar da narrativa não surpreender o espectador, o filme tem um charme inigualável com uma gritante fotografia em Technicolor .
A história começa em 1947, quando um maníaco cirurgião plástico foge da França por conta de uma mal sucedida cirurgia numa paciente. No meio do caminho resolve parar num circo capenga onde ele opera a filha do dono, deformada por um estilhaço de bomba. Após a morte do dono, Dr. Schuler assume a direção e 10 anos depois, o circo transforma-se num dos mais bem sucedidos da Europa repleta de beldades. No entanto, o elenco é formado por prostitutas e ladrões deformados que assinam um contrato do diabo com o tal doutor que nunca os deixam partir.
Donald Pleasence (sem barriga e com cabelo) é o dono do circo capenga, que morre em 15 minutos de projeção. Anton Driffing é o tal Dr. Shuler, com sua cara de nazista tarado e um olhar 42 que transforma as prostitutas em verdadeiras afrodites. Há várias belas atrizes, que compõe o elenco do tal circo, mostrando suas curvas sem silicones (e que não fizeram quase nenhum sucesso na carreira).
Dirigido por um competente Sidney Hayers (que migrou para séries de TV), o filme é uma verdadeira pérola cult do cinema britânico, com algumas ótimas atrações circenses, algumas mortes violentas (para a época) e um gorila deliciosamente falso.