Crítica: Tudo e todas as coisas

Qual o motivo de histórias como a contada no livro “Tudo e todas as coisas” fazerem tanto sucesso no mercado editorial? Será que é por conta da falta de amor que a humanidade demonstra e, com isso, milhões de pessoas se apegam a contos em que uma pessoa se encontra extremamente doente em busca de um amor que pode não perdurar? Essa premissa tem sido bem-sucedida também no mundo do cinema. O exemplo mais recente é o emocionante “ A Culpa é das estrelas”, estrelado por Shailene Woodley.

No longa baseado na história de Nicola Yoon, o foco é em torno da jovem Maddie (Amandla Stenberg, a Rue de “Jogos Vorazes”), que possui uma doença chamada ICG, ou imunodeficiência combinada grave, que a impede de ter uma vida normal por conta de seu sistema imunológico extremamente sensível a vírus e bactérias que, para um ser humano normal é inofensivo, no caso da protagonista a infecção é quase uma sentença de morte. Por conta de todas essas restrições, o único contato que a menina tem é com sua mãe e sua enfermeira. Tudo corria normalmente até a chegada do novo vizinho Olly (Nick Robinson, de “ Jurassic World”), um rapaz estilo bad boy consegue mudar completamente a vida da garota.

Após a chegada do novo vizinho, Maddie, que acaba se apaixonando por ele, resolve tentar descobrir o que o mundo tem a te oferecer além das paredes de sua protegida casa. A partir daí que a história fica interessante pois como de praxe, existe sempre um cupido (No caso, a enfermeira) que consegue aproximar os dois de forma não perigosa para a menina, acalorando ainda mais o sentimento que ambos começam a nutrir um pelo outro.

Por mais que o roteiro não tenha muito o que desenvolver, o filme em nenhum momento se torna cansativo, isso graças a interpretação convincente do casal de protagonistas. Amandla está ótima como a personagem principal e, apesar da pouca idade, mostra uma desenvoltura em cena que deixa muito ator experiente a ver navios. O intérprete de Olly, Nick Robinson, também está bem e, além do drama de Maggie, ele também passa por uma situação problemática em família, mas não é desenvolvida jutamente para não desviar a atenção da história principal.

Por fim, para quem leu o livro que se tornou best-seller, esse filme será bastante animador para os fãs dessa história emocionante.