O que você faria se um belo dia você acidentalmente esbarrasse em uma mulher exatamente como você? Que você não tem nenhuma irmã gêmea perdida que você mas que acaba se envolvendo em uma conspiração de clonagem humana e que há outras clones suas espalhadas pelo mundo e que existe uma organização querendo eliminá-las? Esse é o plot inicial de Orphan Black, série canadense produzida pela BBC America e estrelada brilhantemente pela atriz Tatiana Maslany que graças a tecnologia digital pode interpretar os mais de dez clones (até o momento!) da série.

A série começa mostrando Sarah Manning (Tatiana Maslany), uma orfã que volta para o Canadá na esperança de arrumar sua vida com sua filha Kira que mora com a mãe adotiva de Sarah e seu irmão adotivo, Felix. Ainda tentando arrumar sua vida com o dinheiro de drogas que vendeu do ex-namorado, Sarah vai até uma estação de trem onde presencia o suicídio da detetive de polícia Beth Childs que se parece muito com ela. Sarah sem pestanejar apesar de chocada com a semelhança entre as duas, decide assumir a identidade de Beth quando mais mulheres parecidas com ela começam a aparecer incluindo Cosima (uma P.H.D em ciências que está por dentro de um projeto sobre clonagem humana), Alison (Uma dona de casa do subúrbio), Helena (uma assassina criada por uma religião fanática por freiras na Ucrânia) e Rachel (CEO da companhia responsável pela clonagem).

Sarah vai ficando mais ligada à Alison e Cosima depois de relatar sobre o suicídio de Beth e vai descobrindo mais sobre Neovolução, organização criada pelo Dr Leekie sobre clonagem humana no Instituto DYAD . Ao longo da série ela vai descobrindo mais mulheres que foram clonadas geneticamente a partir do seu DNA quando ela era criança assim como descobre que Helena é de fato sua irmã gêmea e que as duas foram separadas quando crianças. E cada clone tem um monitor que pode ser alguém muito próximo a ela sem que ela saiba. Um namorado, marido, amigo…

O mais interessante de Orphan Black e da atuação de Tatiana Maslany é como ela consegue diferenciar cada personagem não só com o figurino, peruca e acessórios, mas também com trejeitos, sotaques e expressão corporal. E isso é claramente mostrado nas cenas em que uma clone finge ser a outra que definitivamente são as melhores cenas da série. Elas conseguem enganar até o público em certas cenas! E cada clone tem sua personalidade própria. Nenhuma é igual a outra.

Além das clones LEDA (as clones femininas), na terceira temporada descobrimos que existem clones masculinos conhecidos como CASTOR e que também são irmãos de Sarah e das outras clones já que eles foram tirados também do útero da avó biológica de Sarah que possuía os dois materiais genéticos. Infelizmente para algumas clones além do fato de não poderem gerar filhos (exceto Sarah e Helena que são as originais), muitas estão morrendo e os chefões do instituto DYAD e os fanáticos da Neovolução a mando de Rachel estão querendo resolver isso o mais rápido possível antes que seja tarde demais. Cosima e a Dra Delphine (que era sua monitora) acabam se envolvendo romanticamente durante o processo antes de Cosima começar a apresentar os sintomas da doença que está matando as outras clones também.

Helena acaba sendo inserida na relação familiar com as “sestras” (como ela chama carinhosamente as irmãs) e Felix além de S, Kira e Artie, antigo parceiro de Beth que acaba entrando para o “Clone Club” também que é como elas chamam o clone das clones para as clones e amigos.

Além das cinco clones recorrentes, ao longo das quatro temporadas (a quinta e última temporada começou há duas semanas) foram apresentadas outras clones como Katia, Tony, M.K e Krystal sendo que as últimas duas acabaram virando recorrentes na quarta temporada também e há chances de voltarem na quinta. A série explora muito bem a ciência do Behaviorismo assim como metáforas do livro A Ilha do Doutor Moreau de H.G. Wells. Tatiana Maslany foi tão elogiada por seus papéis na série que levou o Emmy de melhor atriz do ano passado. A série mistura ação, ficção científica, comédia, romance com ótimos roteiros criados pela dupla Graeme Manson e John Fawcett.

Confiram abaixo o trailer da série além de um video em inglês explicando como é usado os efeitos especiais quando mais de uma clone está em cena:

A quinta temporada de Orphan Black é exibida aos sábados na BBC America e transmitida aos domingos na Netflix Brasil.

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