Wellington Lisboa

É notória a luta para a manutenção da Cultura neste país, sejam em quaisquer níveis da área. Seja no Cinema, no Teatro, nas Artes Plásticas, enfim, o por que não afirmar também, no Teatro Mambembe? Esta é a história central do filme, escrito e dirigido por Rosemberg Cariry, OS POBRES DIABOS.

O filme conta a história de trupe de teatro, o Gran Circo Teatro Americano, no interior do Estado do Ceará, liderado por Arnaldo (Everaldo Pontes). Impossível não recordar da obra de Cacá Diegues, BYE BYE BRASIL, logo nas primeiras cenas, e para ser mais sincero, por todo o filme, quando este grupo mambembe mostra a sua arte para as pessoas mais humildes.

Com a característica forte de metalinguagem e inspirado totalmente na literatura de cordel, o filme conta a história do cangaceiro Lamparina em sua chegada ao Inferno, onde, o próprio Diabo torna-se o seu servo. Fica clara a crítica contra o capitalismo exacerbado. Há momentos em que os personagens que os próprios personagens interpretam, confundem-se um com o outro.

De forma implícita, POBRES DIABOS levanta a questão da homossexualidade, através da personagem Arnaldo, dono do circo. Contudo, o destaque real do filme, é a personagem Zeferino, interpretado por Gero Camilo (CARANDIRU, Hector Babenco, 2003). Ele é o marido da personagem de Sílvia Buarque (Creuza), que mantém uma relação extraconjugal com a personagem de Chico Diaz (Lazarino).

O filme de longe chega perto à obra-prima de Cacá Diegues. Ao mesmo tempo, Rosemberg Cariry retrata de forma icônica como esses pobres diabos da ficção, assim como, os da vida real lutam para manter a Cultura viva neste país.

 

 

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Wellington Lisboa, nascido no bairro das Laranjeiras (mas não é tricolor), formou-se e por duas vezes em Comunicação Social, nas habilitações de Publicidade & Propaganda e Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, após cursar a disciplina 'Comunicação & Cinema', com o Professor Carlos Deane, percebeu que o Cinema poderia se tornar a Sétima Arte em sua vida. O falecido Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), Heleno Alves, propôs a ideia de criar um coral. Foi quando o nosso crítico e colunista enveredou pelo caminho musical. Criado o Coral da FACHA e, logo depois, rebatizado com o nome de DANOCORO, Wellington Lisboa, construiu uma carreira musical, junto com o grupo, ao longo de quase quinze anos. Após concluir as duas habilitações, ele cursou Letras (Português - Italiano) na UFRJ mas, não terminou. Entitulando-se 'um eterno ser em busca de si mesmo', Wellington Lisboa enveredou pela graduação em Cinema, foi quando (re)descobriu que o Jornalismo caminha junto com esta arte.

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