Baseado em uma das obras do aclamado escritor Stephen King, onde o cinema bebe muito de suas fontes, chegou a versão do livro A Torre Negra. O que falar do filme? Um dos maiores acertos do filme é escalação de Idris Elba que interpreta o Pistoleiro, o grande herói do filme, e tem boas cenas com o jovem ator xx que interpreta Jake Chambers um garoto com fortes poderes psíquicos. O que surpreendeu foi Matthew McConaghey voltar a ter uma interpretação fraca, deixando o vilão sem a força necessária para que o público acredite nele. Sua caracterização não foi das melhores e fica claro ao ver os dois atores juntos em cena como Idris Elba aproveitou melhor o que lhe foi apresentado.

Uma pena que Torre Negra tenha chegado as telas de cinema com a mesma roupagem de tantos outros filmes do gênero. Pareceu apenas mais um filme e poderia ser mais do que foi apresentado, mas não chega a ser um filme ruim, ele apenas não trouxe nada de novo e conduz a história de modo arrastado e caindo na obviedade em alguns momentos. As relações entre os personagens foram pouco exploradas o que deixou um distanciamento entre todos os personagens e não buscando o público para si.

Tecnicamente falando ele tem bons resultados como a fotografia que funciona, mas também cai na mesmice. Trabalha as cores escuras e pasteis na mesma proporção deixando o clima do filme sem muita diversidade entre as passagens de uma cena para outra.

Os efeitos também são bem feitos tantos os sonoros quanto os visuais. Esse é um filme que precisa se calçar no visual, já que, trabalha no campo da fantasia e os sons também são importantes para nos trazer as sensações de cada intenção em cena.

A figurinista Trish Summerville acertou no figurino de Idris Elba que ficou bacana e o ator soube dar o porte do Pistoleiro ao vestir o figurino. Em uma cena de ação em que ele tem atirar em muitos de uma vez, podemos ver que aconteceu uma sintonia nesse trabalho em visualizar na preparação da roupa o que Elba poderia fazer visualmente nas cenas de ação. O figurino de Tom Taylor que interpreta Jake está perfeito para a proposta. Ele é um menino simples que não entende muito bem o que acontece com ele. Ele se veste como qualquer menino de metrópole, calça jeans, tênis, camiseta e casaco, claro,  o acessório muito usado pelos jovens, mochila. Já Mathew McConaghey como o Homem de Preto ficou comum demais. Uma calça preta e uma camisa preta bem urbano, para um ser que é supremo na maldade que circula pelos mundos não alcançou a força necessária. Pareceu que o ator estava vestindo uma roupa para ir jantar fora. E Katheryn Winnick que interpreta Laurie, a mãe de Jake, estava bem, sempre de calça jean, blusa e casaquinho.   Tentaram dar um ar mais desleixado para mãe de Jake e minimizar a beleza da atriz para compor o sofrimento da personagem. Funcionou.

A trilha sonora funciona, mas não marca na cabeça.

A montagem tem agilidade e faz um trabalho com vários ritmos, muito por conta da necessidade dos efeitos trabalhando em conjunto. A viagem entre portais que levam de um mundo para o outro depende muito da montagem para funcionar aliado a fotografia para casar os efeitos.

A direção de arte cumpriu com a missão, principalmente no quarto de Jake, onde os elementos são importantes para entender quem é esse menino.

O roteiro e a direção são os pontos fracos do filme. As coisas acontecem meio atrapalhadas nos dando a sensação de que o Diretor estava com pressa de contar essa história. O roteiro nos deixa uma sensação de que falta alguma coisa ali.

No geral, o filme é razoável. Para quem não conhece o livro não vai se incomodar tanto e pode até aproveitar mais sem as informações contidas no livro.

 

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