O documentário de Felipe Bond se faz necessário para ser visto não só por aqueles que sonham com essa profissão, mas todos aqueles que gostam de assistir os espetáculos culturais seja no cinema, no teatro ou na televisão.

Uma das belezas do documentário é falar sobre a profissão do ator de uma forma mais realista e humana rompendo a glamourização criada em torno de uma ideia criada. O que proporciona uma visão mais aberta em relação ao trabalho dessas pessoas.

Os diversos atores em diferentes estágios da profissão falam sobre suas trajetórias e seu dia a dia. Felipe Bond mostra em cada depoimento a dedicação e o amor ao ofício dos entrevistados. Com isso, nos faz pensar sobre o respeito que o trabalho do ator merece não só do seu público, mas também daqueles que os contratam e trabalham com eles.

Tecnicamente o filme tem movimentação, tem um bom ritmo e rompe com os depoimentos com câmera parada. A montagem conta com os takes em diferentes ângulos de cada depoimento intercalados entre os atores, e conta ainda com filmagens feitas pelos próprios atores pelo celular ao longo do filme. Isso deixou o documentário mais interessante e mais atrativo.

A fotografia é um outro atrativo desse documentário que tem uma imagem mais viva com estabilidade nas transições dos depoimentos e vídeos de celular.

A trilha é pontual e harmônica com a proposta de estar apenas nos momentos certos.

As locações são adequadas à proposta, a maioria está sentado nas cadeiras de salas de cinema e teatro, alguns em suas residências e outros em salas de ensaio.

No fim das contas, “Como você Me Vê” é uma grande aula para quem é ator, quem quer ser e até aquele que apenas admira o trabalho. O filme mostra o que o amor e a dedicação é algo divino que motiva e incentiva a honrar uma profissão que tem por necessidade se comunicar com o público.   E as histórias contadas entretém, instrui e inspira pessoas do mundo todo em diversos lugares, em qualquer tempo.

É bonito ver a troca de amor entre o ator e seu público. Assim como é bonito ver um trabalho tão bem executado pelo diretor colocando “Como Você Me Vê?” na lista dos bons documentários brasileiros.

 

 

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