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Agora é a vez de conhecermos melhor o Pantera Negra que teve sua primeira aparição no cinema em “Capitão América – Guerra Civil”. Aqui vemos a história familiar de T’Chala e seu paraíso escondido na África, Wakanda. É desse lugar que vem o material que Howard Stark fez o escudo do Capitão América. Heróis e vilões pertencem à mesma família e o roteiro vai traçando uma trajetória onde o passado é mostrado para embasar o presente.

Um dos pontos positivos é a qualidade técnica apresentada. Independentemente de você gostar ou não do filme, uma coisa é certa, o filme prima por empenho nas áreas técnicas.

O primeiro ponto é a bela fotografia que Rachel Morrison trabalhou na tela. Ela proporciona uma estética elegante e vibrante valorizando a caracterização dos personagens a começar pelos figurinos impecáveis de Ruth E. Carter que trouxe um toque moderno para os trajes africanos. Todos bem elaborados e executados com acabamentos perfeitos e que com certeza ajudou o elenco a compor seus personagens.

A direção de Arte de Alan Hook tem um visual moderno e arrojado. Cada objeto ajuda a contar a história, assim como os cenários, os reais e os criados por computação gráfica. Alan conhece bem o universo Marvel já que trabalhou em outros filmes da franquia como: “Homem de Ferro 3” e “Thor Ragnarok”. Percebemos também um toque futurista que também foi usado em seus trabalhos anteriores como a Saga Divergente.

A montagem feita pela dupla Debbie Berman e Michael P. Shawver tem um bom ritmo para as cenas de ação, mas se torna mais lento nas cenas mais dramáticas.

A trilha sonora elaborada pelo compositor e produtor musical sueco Ludwig Göransson pontua bem as cenas de ação e suas viradas. Göranson mistura o tecno futurista com Hip Hop como na canção: “Bagbak” do rapper Vince Staples.

Os efeitos visuais e sonoros são bem feitos, mas se o filme tivesse um pouco menos de efeitos, cresceria mais. O excesso de efeitos de computação muitas vezes atrapalha. Esse recurso deveria apenas ajudar e não estar presente em abundância.

A maquiagem é boa e o ponto mais interessante é a caracterização de Andy Serkins em Klaue.

O elenco é ótimo em sua totalidade, já que temos nomes consagrados no cinema e novos reconhecidos talentos. Vamos começar pelo protagonista Chadick Boseman que faz o Tchala, O Pantera Negra. O ator trabalha bem os sentimentos do personagem e a personalidade tanto do Tchala como pessoa, homem, filho, irmão, Rei e herói.

A namorada de Tchala, Nakia é vivida pela carismática Lupita Nyong’o e os dois funcionam bem juntos.  A Ramonda, a Rainha Mãe, é interpretada por Ângela Bassett que está bem, mas poderia ser sido mais aproveitada na trama. O grande destaque do filme fica por conta da jovem Letítia Wright que interpreta a irreverente irmã de T’chala, Shuri. Ela está tão confortável com a personagem que sua interpretação sobressai aos demais. Ela tem boas cenas tanto com Chadwick Boseman, quanto com Lupita Nyong, quanto com Martin Freeman.

Outros atores que circulam o Pantera Negra são: Forest Whitaker como Zuri, o mentor de T’challa, Danai Gurira como a chefe da Segurança Real de Wakanda, Daniel Kaluuya, que concorre ao Oscar de Melhor ator pelo filme Corra! Interpreta W’Kabi, amigo de T’challa e Winston Duke interpreta M’Baku, um adversário do trono, mas não um inimigo.

Os vilões ficam por conta do primo de T’chala, Erik Killmonger vivido por Michael B. Jordan  e o ótimo Andy Serkins que está muito bem caracterizado lembrando muito o personagem nos quadrinhos, Ulisses Klaue.

O filme tem diversidade de nacionalidades, os personagens femininos são fortes assim como as atrizes que as interpretam, o elenco em sua maioria é de atores negros, já que a história exige isso.

O diretor também é negro e tem dois bons filmes em sua carreira como “Creed: Nascido para Lutar” e “Fruitvalle Station: A Última Parada”. Como todo diretor tem seus atores preferidos para trabalhar, Coogler gosta de trabalhar com Michael B. Jordan e é a terceira vez que trabalham juntos em três filmes.  Agora é a vez de Ryan Coogler se aproximar mais dos fãs dos heróis da Marvel que é uma legião de milhões em todo planeta e criar laços com um público maior do que já conquistou.

No fim das contas, o filme é bom, apesar de alguns furos que o diretor Ryan Coogler deixou passar. Mesmo assim o filme vale como entretenimento e uma boa preparação para Os Vingadores:  Guerra Infinita.

Vale lembrar que a Marvel tem sempre cenas extras no pós-crédito. Então fiquem até o fim para ver as duas cenas.

 

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