GRAÇA PAES
Hoje nossa convidada especial é a jornalista, crítica de cinema, atriz e fotógrafa Graça Paes. Ela é Diretora de Marketing e Comunicação da AIB – Associação de Imprensa da Barra, Editora Chefe do Portal AIB News e trabalha também como jornalista e fotógrafa na Agência Zap News.
Ela conferiu o filme “A Trama Fantasma” que concorre ao Oscar 2018 em seis categorias e escreve a crítica do último filme da carreira do ator Daniel Day-Lewis que pretende se aposentar.
Então aproveite a crítica de “A Trama Fantasma” por Graça Paes.
Com seis indicações ao Oscar, o filme de Paul Thomas Anderson não é um dos melhores, mas te mantem ligado à tela
Uma boa definição: é um bom filme. Apesar de muitas cenas paradas, ele te prende à tela. O cenário é os anos 1950 que é tratado com muita delicadeza. Filmado inteiramente na Inglaterra, de acordo com o diretor, Paul Thomas Anderson a inspiração para a criação dos cenários veio de relatos que ele e sua equipe leram sobre a época: “Eles tinham essas grandes casas georgianas na cidade que eram maravilhosas com grandes escadarias. Eles estavam sempre na moradia onde viviam e trabalhavam”, afirmou em entrevistas.
O filme resgata o glamour e a alta costura dos anos 1950. No longa, Daniel Day-Lewis, é Reynolds Woodcock, um renomado estilista. Metódico e muito focado que tira a inspiração de suas criações da convivência com as mulheres que, constantemente, entram e saem de sua vida. Ele é renomado por vestir a realeza, as estrelas de cinema, socialites e damas da alta sociedade.
Na trama, o inabalável e intocável Woodcock vê sua vida rotineira e pacata, ao lado da irmã, cuja atriz Lesley Manville, foi indicada ao Oscar por melhor atriz coadjuvante, perder o rumo com a chegada de Alma, interpretada pela novata atriz Vicky Krieps, que merecia ter sido indicada ao Oscar, pois é surpreendente. A jovem, então, se torna sua principal modelo, musa, posteriormente esposa e o motivo para sua existência.
Paul Thomas Anderson , em seu sétimo longa, sendo o primeiro filme britânico, trabalha muito bem em cima de um roteiro bem bem amarrado, que finaliza bem com uma bela fotografia e uma trilha sonora brilhante. O filme só carece de cenas com mais ações e bem metódico como a vida do protagonista.
O longa marca a despedida de Day-Lewis. O astro decidiu parar a carreira ainda no auge. E, com uma excelente atuação como Reynolds Woodcock. Ao seu lado ele conta com o talento de uma novata, a atriz Vicky Krieps, que divide com ele o protagonismo do longa. Um desafio enorme para ela.
O longa aborda o poder destrutivo de alguns relacionamentos amorosos e suas implicações. É para assistir prestando bastante atenção em cada detalhe. A trama tem a direção de Paul Thomas Anderson. E, recebeu seis indicações ao Oscar em 2018, incluindo melhor filme, melhor ator (Daniel Day-Lewis), melhor diretor (Paul Thomas Anderson). E foi vencedor do Bafta 2018, considerado o Oscar britânico, na categoria melhor figurino para Mark Bridges. Além de figurino, ele também teve indicações para as categorias melhor ator, Daniel Day-Lewis, melhor atriz coadjuvante, Lesley Manville, e melhor trilha sonora, Jonny Greenwood.
“Trama Fantasma” estreia dia 22 de fevereiro nos cinemas do Brasil.
