Sempre ao seu Lado/ Hachi: A Dog’s Tale (Original) USA/ Japão/ -2009

Drama protagonizado por Richard Gere

Filmes sobre bichos de um modo geral causam muita comoção nos seres humanos e os sensibilizam e este filme mostra justamente isso: A história começa através de um menino como narrador que conta através do recurso de Flash Back o ponto de vista (P.V) de um cão que se perde numa estação de trem que é o elo entre o animal que é considerado o melhor amigo do homem e quem o encontra.

 

O Professor de música Parker, interpretado pelo veterano Richard Gere que tem atua como produtor do filme. Na verdade o professor é escolhido pelo o carismático cãozinho que no começo tem muita resistência por parte da esposa Cate (Joan Allen), mas tem a filha como aliada desde do começo da trama através do cão que o adota de coração.

 

O diretor Lasse Hallström captura sequência a sequência e mostra não só a nova visão que enxerga tudo colorido, mas a visão do cão também que vê tudo em P.B. (preto e branco). A relação de amizade entre o professor e “Hachi” através dos diálogos bens construídos com roteiro de Kaneto Shindo e Stephen P. Lindsey e a fotografia bucólica de Ron Fortunato fazem com o tom da película flua na medida certa. Até a descoberta do seu nome é feita por um amigo de Parker que diz que o símbolo de sua coleira que significa o número 08 da sorte de uma região central do Japão e que o cão escolhe o seu dono, é a resposta do destino para os nossos heróis.

 

O nome deste filme também é muito significativo “Sempre ao seu lado” pois é assim que mostra sempre Parker e Hachi sempre unidos. A cumplicidade deles é algo inexplicável, quase que transcendental. Tanto que seu “amigo japonês” diz que o seu fiel escudeiro só pegará a bolinha, coisa que a maioria dos cachorros fazem quando tiver um motivo especial e faz isso depois de anos a fio sempre negando pegar a bolinha para quem quer que fosse, até para o seu melhor amigo.

 

A trilha sonora é um capítulo a parte, pois entra em sai de forma sutil. Os cortes de cena são feitos de forma tão perfeita e precisa como se um drama se encaixasse no outro perfeitamente como um verdadeiro quebra cabeça, tanto que o último discurso do professor de música aos seus alunos é o seguinte: “- Tem elementos na música que não podem ser capturados. A vida não pode ser capturada. O coração humano também não. Até o momento da criação é efêmero. Depois de proferir suas últimas palavras, o professor se despede da sua jornada, mas o seu fiel escudeiro fica o esperando na estação até os últimos dias de sua vida.

 

Ao final do filme vemos que o menino do começo da história é o neto de Parker que nem chegou a conhecê-lo pessoalmente, mas soube retratar sua trajetória ao concluir que quem adotou o avó foi o Hachi e não o contrário.  A maior lição é mostrar que os animais de estimação que nos ensinam o verdadeiro sentido da lealdade com quem amamos de verdade.

Revendo para escrever a coluna de drama passou um filme pela minha cabeça, pois “Florzinha”, a gata que adotou Guto, assim como “Hachi”, o cão que adotou Parker. O destino também me pregou uma peça, pois assim como o professor, meu pai também era professor, mas não de música e sim de pilotagem, partiu de forma repentina. Como a filha dele, sinto falta do meu herói e muitas vezes converso com nosso animal de estimação onde relato que sinto sua falta todos os dias. Esta história inspirada na realidade lembra a minha. A saudade para quem fica é enorme…

 

 

  • AVALIAÇÃO FINAL
5

4 COMENTÁRIOS

    • Obrigada pelo incentivo e amizade de sempre, minha querida! Este filme mexeu muito comigo ainda mais quando revi pelas coincidências da vida que passei com o meu pai herói…

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