Com direção de Renato Martins e produção da Jacqueline Filmes, em Relatos do Front – Fragmentos de uma tragédia brasileira, o público poderá ver diferentes lados e entender o cenário da segurança pública brasileira através dos relatos de pessoas que vivem ou viveram a rotina de combate entre tráfico de drogas e polícia, como mães que perderam seus filhos, ex-traficantes e policiais. No documentário, é ouvida a voz de quem vive quase que diariamente dentro desse conflito.

O conflito armado urbano atinge números de guerra. Só no ano de 2016 foram 61 mil homicídios. Esses relatos são misturados com outras entrevistas feitas com especialistas em segurança pública, juízes, psicóloga, desembargadores, jornalistas, moradores da favela, advogados, economistas, delegado, entre outros. Permitindo assim, ouvir alguns dos distintos pontos de vista da sociedade, deixando o espectador refletir sobre a política de segurança pública vigente nas últimas 3 décadas na cidade do Rio de Janeiro e suas consequências na vida da população.

No filme, abre-se também um debate sobre as estatísticas, os laços com a escravidão e o custo social e financeiro dessa política de segurança pública, sempre marcada pelo confronto. Remonta-se um pedaço da história do Brasil e nos perguntamos: “Queremos seguir mais 30 anos no mesmo caminho dos 30 que se passaram?”.

O filme Relatos do Front – fragmentos de uma tragédia brasileira, pretende mostrar como as políticas de segurança pública se repetem ao longo dos anos sem muitas inovações e com pouca eficácia, questionando até mesmo a tão propagada política de “pacificação” que já foi testada por outros governos sem resultados efetivos. A sociedade em constante pânico com a crise na segurança pública, pressiona o governo por segurança e justiça, o que acaba desencadeando ações policiais pirotécnicas retratadas pela mídia, que dão uma falsa impressão de que o estado vence a guerra contra o crime.

O filme aponta também para o alto custo financeiro dessas políticas de segurança, avaliando a relação das contratações de novos policiais e aparatos para atender essa política de “tiro, porrada e bomba”, ao invés de preparar melhor a tropa policial com salários dignos, planos de carreira com benefícios e um sistema integrado de inteligência. Mostra-se que esse modelo vigente não traz resultados efetivos e satisfatórios para a população e aumenta, consideravelmente, o número de vítimas colaterais, a partir desses confrontos.

“É fundamental pararmos para discutir com maturidade, sem ódios ou vinganças, o problema que enfrentamos na segurança pública do país. Pois ele está diretamente ligado ao nosso passado escravocrata, de genocídio da população indígena e negra e de políticas públicas equivocadas que nos levaram às desigualdades sociais. Acredito que o momento seja de perdão e resgate, para decidirmos conjuntamente enquanto sociedade, como queremos viver os próximos 30 anos”, diz o diretor Renato Martins.

Além de estar na programação da Mostra Internacional de Cinema de SP e no Festival do Rio, o documentário foi selecionado para o festival Docs Barcelona 2018 para participação na categoria Latim Pitch, e conta com a coprodução da Globo News, Globo Filmes e Canal Brasil.

 

Sessões:

Domingo, 04/11         19:00   Estação NET Gávea 3 e 5

Segunda, 05/11          13:00   CCLSR – Cine Odeon NET Claro

Terça, 06/11    19:00   Kinoplex São Luiz 1

 

Ficha Técnica:

Direção: Renato Martins

Produção: Jacqueline Filmes

Coprodução: Globo News / Globo Filmes / Canal Brasil / Filmpro / SyndromeFilms

Coprodutores: Daniel Van Hoogstraten e Valentina Scanziani

Produção Executiva: Letícia de Souza, Matilde Villela e Renato Martins

Argumento: Renato Martins e Sergio Barata

Roteiro: Gabriel Pardal, Renato Martins e Sérgio Barata

Edição: Pedro Asbeg

Direção de fotografia: Manuel Águas

Fotografia do front:Jadson Marques

Som direto: Marcel Costa

Trilha sonora original: Roberto Schilling

Desenho de som: Waldir Xavier

Edição de som: Fernando Aranha

Mixagem: Bernardo Adeodato

Duração: 100 min

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