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Produções de Jorge Furtado, curta Ilha das Flores e longa Rasga Coração chegam ao Itaú Cultural Play nesta terça (01°)

Lucas Furtado

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O mês de abril na Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita de cinema brasileiro, começa com a entrada de dois filmes de um dos maiores cineastas do país, o gaúcho Jorge Furtado. A partir desta terça (01°), a plataforma exibe Ilha das Flores (1989), famoso curta-metragem que faz uma crítica ácida ao consumo desenfreado e à desigualdade social no Brasil. Ele passa a fazer parte da Para Quem Educa, coleção de filmes destinados à projeção em salas de aula ou outros contextos educacionais e formativos.

O catálogo também recebe Rasga Coração (2018), longa-metragem inspirado na peça de mesmo nome de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), o Vianninha, que foca nos conflitos geracionais entre Custódio, um homem de meia-idade que militou contra a ditadura militar no passado, e seu filho, o jovem Luca.

Ilha das Flores e Rasga Coração se juntam a outros filmes de Jorge Furtado já presentes na IC Play, Saneamento Básico – O Filme (2007), com Fernanda Torres e Wagner Moura, e O Homem que Copiava (2003), estrelado por Lázaro Ramos.

Sobre os filmes

Quem frequentou a escola nos anos 90 ou início dos anos 2000 provavelmente assistiu a Ilha das Flores. Isso porque o curta-metragem documental de Furtado parte de um contexto específico para abordar um problema universal: a sociedade de consumo e a desigualdade social. O filme se utiliza de realidade e de ficção, com doses de realismo fantástico, para acompanhar a trajetória de um tomate, do momento em que é colhido da terra até chegar à Ilha das Flores, aterro em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Lá, o tomate e tantos outros alimentos são apanhados por pessoas que recorrem ao lixo para comer.

O tom crítico e ácido do filme é acentuado pela narração do ator gaúcho Paulo José (1937-2021). Além de ter conquistado prêmios em festivais no Brasil e no exterior, Ilha das Flores foi eleito, em 2019, o melhor curta-metragem brasileiro da história pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

Rasga Coração, por sua vez, é um dos últimos trabalhos de Furtado. Trata-se de uma versão da peça de mesmo nome de Vianninha, escrita entre 1972 e 1974. Censurada pela ditadura militar, só pôde ir aos palcos em 1979.

Enquanto o texto original se passa na década de 70, o filme de Furtado acontece nos anos 2010. O protagonista é Custódio (vivido por Marco Ricca), um homem de meia-idade que, na época da ditadura, foi um militante de esquerda conhecido como Manguari Pistolão. Quando seu filho, Luca (Chay Suede), vira adulto e começa a criticar suas posturas ideológicas, Custódio se vê no lugar de seu pai, homem que ele também criticava na juventude.

Tratando de temas ainda relevantes, como o conflito de gerações, o amadurecimento e as relações pessoais, o filme transcende o contexto da ditadura militar e o período no qual foi ambientado. No ano de seu lançamento, o longa ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular no 10º Festival Internacional de Cinema da Fronteira, que acontece no Rio Grande do Sul.

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