Divertido, leve e mostra uma nova forma de olhar para possibilidades!

 

O filme estrelado e produzido por Woody Harrelson fala da história do técnico de basquete que após uma série de erros é sentenciado a cumprir 90 dias de trabalhos comunitários. Sua tarefa é ser treinador de um time de basquete com deficiência intelectual. E com a tarefa que ele não quer em um mundo que ele não conhece e ele descobre que seus novos atletas podem ir mais longe do que ele poderia imaginar.

O roteiro é escrito por Mark Rizo, roteirista da série animada da Disney “Gravity Falls: Um verão de Mistérios”. Ele trouxe um toque de leveza no texto onde personagens começam em um ponto da história, onde cada um tem um ponto de partida e todos vão se ajustando à medida que convivem e trocam ensinamentos sem perceber.  

O objetivo do treinador Marcus (Woody Harrelson) era cumprir a determinação de treinar um time por 90 dias e aproveitar a deixa e mostrar que pode voltar para NBA. Com essa meta ele é obrigada a entender e se entrosar com sua equipe fora dos padrões a que está acostumado.

A construção dos personagens no roteiro ganhou vida com o talento dos atores e é fácil se conectar com eles. Os atores que cercam os jovens portadores de deficiência intelectual se divertem com seus personagens durante ao crescimento ao longo da jornada. Principalmente o treinador Marcus e a irmã de Jonnhy, Alex, interpretada por Kaitlin Olson. Dois personagens que precisam de movimento para melhorar como pessoas. Já os atores com síndrome de Down são ótimos! Em especial   Kevin Iannucci que interpreta Jonnhy e Madison Tevlin que interpreta Consentino, a única menina do grupo e muito mandona. É bom ver também Ernie Hudson no filme, ele interpreta o treinador Phill Peretti.

Campeões é um filme despretensioso que tem como objetivo ser leve, divertido e mostra como podemos encarar as deficiências com mais naturalidade. O filme dirigido por Bobby Farrely é a sua estreia solo na direção. Ele conduz um filme que busca em nós sentimentos mais leves e nos faz refletir sobre as impressões que temos e a realidade das situações.

O grupo mostra que podemos viver de maneira mais simples, sem muitas complicações. E que a forma de se comunicar pode ser adaptável de acordo com o emissor e o receptor. Tem uma situação que o treinador precisa se conectar com Jonnhy para convencê-lo a fazer algo que ele se recusa, mas precisa. Ele precisa sair da sua zona de conforto, entender a mecânica que como ele raciocina as coisas e enfim conseguir se comunicar com ele e vice-versa. O mesmo acontece com cada personagem do time.

A edição de Julie Garcez é simples, mas objetiva proporcionando ao filme um bom ritmo e com coerência na junção das cenas.

A Trilha Sonora é assinada por Michael Franti conta com 40 músicas que mistura o country de Willie Nelson, passando pelo Pop, Rock. Tem em suas canções: “Whiskey River” de Willie Nelson, “ Tubthumping” de Chumbawamba, “Escape (The Pina Colada Song)” de Rupert Holmes (Já usada em filmes como “Gente Grande” e  “Guardiões da Galáxia”), “A-Punk” de Vampire Weekend, “Hey Ya!”  Outkast, “Sweet Georgia Brown” de Brother Bones & His Shadows (Já foi tema da série animada do HarlemGlobetroters, que faziam um jogo de basquete diferenciado), “Unbelievable” de EMF, entre tantas outras como também composições de Michael Franti. As músicas casam bem com os momentos escolhidos.

O figurino de  Maria Livingstone traduz bem quem são os personagens e como vivem. Tudo simples e eficiente.

Woody Harrelson se dedicou para o filme, não apenas como ator, mas também como produtor executivo da estreia de Bobby Farelly na direção, e juntos conseguiram um bom resultado com um filme leve e divertido.

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