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Crítica: F1: O Filme
Simplesmente espetacular!!!!! Um dos melhores filmes do ano!
Um filme impactante e um presente para quem gosta de automobilismo, principalmente Fórmula 1. Embarcar nessa jornada de 2h35m e não sentir o tempo passar é a prova que o longa cumpre com seu papel como entretenimento tanto para quem é fã de esportes automobilísticos, quanto para aqueles que nunca se interessaram pelo assunto.
Com riqueza de detalhes o longa foi disputado por grandes estúdios para distribuir nas salas de cinema no mundo todo, assim como as plataformas de streaming. O que significa que o material do filme tem grande potencial não apenas como entretenimento, mas também como uma nova frente dos negócios do audiovisual. Então quem ficou com a distribuição nos cinemas foi a Warner e nos streamings foi a Apple.
Filmado em Imax, “F1- O Filme” merece ser assistido em sala com tecnologia, em especial uma sala Imax, já que o filme foi feito com essa tecnologia.
Esse é um filme sobre a Fórmula 1, e não é baseado em fatos reais, não conta a vida de ídolos do esporte como “Rush – No Limite da Emoção” e “Ford vs Ferrari” e sim, um filme que abre um leque de possibilidades que é possível fazer filmes sobre todo tipo de esporte, do mais simples ao mais complexo como é o caso da elite dos esportes automobilísticos, e ainda é possível criar histórias fictícias para esse esporte.
Para um projeto tão ousado é necessário um time de peso e que entenda a essência desse projeto e as possibilidades de dar vida a ele. A missão ficou com o trio do filme “Top Gun: Maverick”: o diretor Joseph Kosinski, o roteirista Ehren Kruger e a trilha sonora de Hans Zimmer. A missão foi muito bem executada com louvor!
É importantíssimo que o roteiro seja construído com riqueza de detalhes na narrativa, na construção dos personagens, nos diálogos e tenha um entendimento da essência do que é participar de um campeonato de Fórmula 1, um dos esportes mais caros e empolgantes do mundo.
O roteiro de Kruger constrói a história fictícia do piloto Sonny Hayes que é o esqueleto da história. E ficção e realidade se misturam com perfeição o que facilitou a vida Joseph Kosinski que mostra mais uma vez que tem uma visão perfeita para a tela grande com as cenas das corridas e suas estratégias. Com isso, Kosinski proporciona uma experiência para o público de um outro ângulo, é a visão quem está dentro do circuito. Para isso precisou contar muito com a habilidade do premiado editor Stephen Mirrione que fez um trabalho excepcional com um bom ritmo e cenas que mostram várias ações acontecendo ao mesmo tempo sem que fique confuso ou perca a linha de raciocínio. Detalhes e amplitudes são mostrados com muita habilidade e competência hipnotizando quem assiste para torcer para a equipe APEX.
A história gira em torno do piloto Sonny Hayes que hoje em dia é piloto free lancer de diversas modalidades. Após ganhar em Daytona é procurado por Ruben Cervantes, interpretado por Javier Barden, seu amigo e antigo parceiro de escuderia, quando os dois pilotavam na Fórmula 1, para salvar sua escuderia que está prestes a fechar se não pontuar no circuito. Faltando 9 corridas para completar o campeonato, Sonny se torna o segundo piloto da escuderia, já que o primeiro é um jovem piloto em ascensão, Joshua Pearce (Damson Idris). Falta a Pearce maturidade e a APEX pontuar no campeonato. Seguindo a clássica linha de roteiro o veterano volta para ajudar o novato a encontrar o caminho da vitória.
No início, o novato se sente ameaçado pelo veterano piloto da Fórmula 1. A medida que a história avança, vamos entendendo o processo de entrosamento da equipe. E isso é possível com a construção de personagens consistentes que formam uma equipe. A chefe da Apex e construtora dos carros é Kate McKenna interpretada pela atriz irlandesa Kerry Condon (Os Banshes de Insherrin / Better Call Saul) que está ótima e interage muito bem com Brad Pitt. Vemos a maturidade e o carisma de Haynes e a arrogância de Pearce. Aos poucos vamos acompanhando que as loucuras e excesso de Haynes tem uma razão de ser.
O elenco está espetacular! Isso significa que além do talento de cada ator e atriz escalados para seus personagens, o diretor Joseph Kosinski foi habilidoso em tirar o melhor de cada um deles. O elenco ficou mergulhado no circo da Fórmula 1 por 2 anos para entender na essência como dar vida aos seus personagens como pessoas e como profissionais em suas funções dentro da Apex.
Brad Pitt entrega uma atuação ímpar e ele tem uma troca enriquecedora com Javier Bardem, Kerry Condon e Danson Idris. É claro que também acontece com os outros atores. Isso mostra uma unidade que faz com que o trabalho realmente funcione. Uma das mensagens do filme é exatamente essa, o trabalho coletivo só funciona com o entrosamento de todos.
Tecnicamente o filme é impecável em todos os pontos.
A trilha sonora de Hans Zimmer nos ambienta no clima do circo da fórmula 1 e empolga não apenas nas ótimas cenas das corridas de cada circuito, mas também nos momentos pessoais da interação entre os personagens.
O Efeitos visuais e especiais estão perfeitos. Um ponto positivo é que Brad Pitt e Danson Idris filmaram durante o circuito real de Fórmula 1. O piloto Lewis Hamilton, Hexacampeão da Fórmula 1, é um dos produtores do filme fez questão absoluta que tudo fosse o mais fiel possível e os dois pilotos da ficção se misturaram com os pilotos reais, incluindo Lewis Hamilton.
Grandes nomes do esporte foram mencionados no filme. Os pilotos que hoje estão disputando pontuação e vitórias a cada circuito e os pilotos da época em que Sonny e Ruben eram companheiros de equipe, Schumaker, Mansel, Prost e Senna que foi incluído na história com uma função importante na história. Quando Sonny era um jovem piloto arrojado em ascensão sofreu um acidente grave em que Sonny e Senna bateram e Sonny levou a pior. Por causa do acidente a carreira do piloto acabou. Sonny depois de sua recuperação se torna piloto substituto de várias modalidades automobilística só interessado na corrida e na vitória, mas não quer saber de prêmios e nada alimente o ego e o glamour.
É bom ver um filme sendo feito com todo cuidado e dedicação com os detalhes. Não importa quanto tempo for necessário para que o resultado fique como foi sonhado. Quem sabe “F1, O Filme” inspire mais filmes a seguir esse caminho que é buscar fazer o melhor para um filme cinematográfico.
Contar uma boa história deve ser a prioridade de qualquer filme. Ganhar dinheiro é a consequência da qualidade desse trabalho somado ao carisma dessa obra. Que venham mais bons filmes!
Enquanto isso, vamos aproveitar para nos divertir com “F1, O Filme”!
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