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Documentário Salão de Baile é selecionado para a Première Brasil do 26° Festival do Rio

Lucas Furtado

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O primeiro longa-metragem documental sobre a cena ballroom no Rio de Janeiro, Salão de baile (This is Ballroom), foi selecionado para a Première Brasil da 26ª edição do Festival do Rio. Compondo a Competição Longas Documentários, o filme é um mergulho no universo efervescente da cena ballroom do Rio de Janeiro, uma comunidade protagonizada por pessoas pretas e LGBTQIAPN+, que segue a trilha da cultura  criada na década de 70, em Nova York.

Salão de Baile vem tendo uma trajetória notável em festivais de cinema pelo mundo, tendo sido exibido em cinco países diferentes. A estreia mundial do longa foi em março deste ano, no Festival Internacional de Documentários de Copenhagen – CPH:DOX, na Dinamarca, com muita repercussão. Em maio, entrou no Vox Feminae, sendo também o único brasileiro do festival na Croácia. Em junho, o documentário foi exibido em três mostras diferentes. A primeira é a TRANSlations: Seattle Trans Film Festival, nos EUA. Em seguida, o doc passou no Sheffield DocFest, sendo o único filme brasileiro do evento realizado no Reino Unido. No Brasil, o longa encerrou a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Em Salão de Baile, a câmera acompanha uma “ball” (baile) da cena fluminense, onde pessoas negras e/ou LGBTQIAPN+ têm a liberdade para experimentar novas possibilidades de expressão de identidade, de gênero e exercitar seus potenciais artísticos. Várias modalidades de competição acontecem ao longo da celebração: moda, beleza, dança, música, desfile… “A ballroom é um lugar de potencialização desses corpos dissidentes, um espaço criado por e para pessoas trans e pretas, especialmente, poderem resistir às opressões e celebrar suas existências”, explica Juru, que assina a direção do projeto em parceria com Vitã.

Tanto Juru como Vitã fazem parte do movimento ballroom do Rio de Janeiro, assim como a maioria da equipe do longa. “Mais do que um filme sobre a cena ballroom, nós fizemos um filme em conjunto com a comunidade ballroom. Queremos proporcionar ao espectador uma experiência de imersão no universo, com o nosso olhar ‘de dentro’”, explica Vitã. “A cena ballroom é talvez a mais radical e mais interessante do underground fluminense. Em termos de força, de enfrentamento, de expressividade, de cultura, de movimentar os subterrâneos da cidade, não tem nada que chegue aos pés dela”, afirma Luis Carlos de Alencar, da produtora carioca Couro de Rato.

O projeto foi realizado com patrocínio do 2º Edital de Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de Niterói – FAN – Fundação de Arte de Niterói, e coproduzido pela RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio.

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