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Festival Os Filmes que Eu Não Vi celebrou o cinema independente nacional em Salvador

Lucas Furtado

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Foi uma celebração ao cinema independente brasileiro. Entre os últimos dias 15 e 19 de janeiro a Sala Walter da Silveira, em Salvador, foi a casa da primeira edição do Festival Os Filmes Que Eu Não Vi. Idealizado por Sol Moraes e produzido pela Água Doce Produções, o evento foi criado com o objetivo de dar visibilidade a filmes independentes brasileiros que, embora repletos de qualidade, encontram dificuldades de distribuição e, consequentemente, permanecem desconhecidos do grande público.

Uma imersão no cinema nacional

Ao longo de cinco dias, o Festival, além de exibir e premiar os filmes, também discutiu os mais variados aspectos relacionados ao mercado do cinema e audiovisual no Brasil. Além das projeções dos filmes na Sala Walter da Silveira, que foi revitalizada e conta agora com equipamentos de última geração,  o evento promoveu debates sobre produção, distribuição e exibição cinematográfica, oferecendo um espaço para reflexão e troca de experiências entre criadores e espectadores.

Debate com as janelas de exibição

Duas mesas de conversa discutiram as janelas de exibição disponíveis no mercado : “Viabilidade e visibilidade na trajetória dos nossos filmes, com

Suzana Argolo, Cavi Borges e Tereza Trautman, com mediação de José Araripe Jr.;  “O que impede nossos filmes de circular”, com Camila de Moraes, da Borboleta Filmes, Letícia Santinon, da Cajuína Filmes, Daniel Leite, da Umbuzeiro Filmes e Vitor Rocha, da Abará Filmes, com mediação de Antônio Olavo.

Uma terceira mesa de conversa teve como tema “Como pensar a produção, incluindo a visibilidade dos filmes através dos Festivais” e recebeu como convidados Daiane Rosário,  da MIMB, Dayane Sena da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema,  Edson Bastos do FECIBA, Aline Clea do ANIMAÍ e Esmon Primo, do Cine Movimenta Centro tendo como mediadora Tetê Matos.

Também foi realizada a masterclass com o produtor Fabiano Gullane,  da Produtora Gullane filmes, uma das maiores do Brasil. Os encontros com autoridades e realizadores do setor foram fechados com o Painel Regional, realizado no dia 19 de janeiro, que reuniu nomes importantes de cada uma das cinco regiões do País – Indaiá Freire- PA, Cynthia Falcão-PE, Carol Marins-SC, Tati Mendes-MT e Clementino Jr.- RJ-, além de Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura e assessor do BNDES, para discutir caminhos para a nossa rica filmografia.

O encerramento do Festival se deu com o anúncio dos premiados em dez categorias, dentre os 16 filmes selecionados pela curadoria, com prêmios em espécie pela participação, além do Troféu “Os Filmes Que Eu Não Vi”. Conheça os premiados:

Melhor Filme de Longa Metragem pelo Júri Oficial

Vencedor: Madrigal Para Um Poeta Vivo

Gênero: Documentário

Direção: Adriana Barbosa e Bruno Castanho (SP)

Prêmio: Parceira Mistika Filmes – R$ 8.000,00 em pós-produção

Melhor Filme de Média Metragem pelo Júri Oficial

Vencedor: Abrigo ao Sol

Gênero: Ficção

Direção: Emerson Evêncio (ES)

Prêmio: Parceira Taboca Equipamentos – R$ 1.000,00 em dinheiro

Melhor Filme de Curta Metragem pelo Júri Oficial

Vencedor: Horinzontem

Gênero: Ficção

Direção: Amauri Tangará (MT)

Prêmio: Parceira Cardume Curtas – 1 ano de plano Coral na Cardume Curtas

Vencedor: Abrigo ao Sol

Gênero: Ficção

Direção: Emerson Evêncio (ES)

Prêmio: Aquisição em dinheiro para licenciamento na plataforma Cardume Curtas

Melhor Filme Regional pelo Júri Oficial

Vencedor: Alapini: Uma Herança Ancestral de Mestre Didi Assipá

Gênero: Documentário

Direção: Silvana Moura, Emilio Le Roux e Hans Herold (BA)

Prêmio: Parceira Iglu Loc – R$ 3.000,00 em locação de equipamentos

Melhor Direção pelo Júri Oficial

Vencedor: Madrigal Para Um Poeta Vivo

Gênero: Documentário

Direção: Adriana Barbosa e Bruno Castanho (SP)

Melhor Direção de Fotografia pelo Júri Oficial

Vencedor: Rota de Colisão

Gênero: Ficção

Direção: Roberval Duarte (RJ)

Melhor Trilha Original pelo Júri Oficial

Vencedor: Dia de Folga

Gênero: Híbrido

Direção: Patricia Antunes (MG)

Melhor Direção de Arte pelo Júri Oficial

Vencedor: Aquilo Que Sobra

Gênero: Híbrido

Direção: Humberto Giancristófaro (RJ)

Produção: Camilo Cavalcanti

Melhor Som pelo Júri Oficial

Vencedor: Maria Luiza

Gênero: Documentário

Direção: Marcelo Diaz (DF)

Melhor Produção pelo Júri Oficial

Vencedor: Madrigal Para Um Poeta Vivo

Gênero: Documentário

Direção: Adriana Barbosa e Bruno Castanho (SP)

Menção Honrosa pelo Júri Oficial

Destaque: Protagonista/personagem título do filme Maria Luiza (Documentário)

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