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Ocupa SP estreia na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo nesta segunda (21)

Lucas Furtado

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Novo trabalho do diretor Gustavo Ribeiro, o documentário Ocupa SP faz sua estreia na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Projeto nascido de uma ideia original da produtora Ana Cláudia Streva, o longa é um convite ao espectador para repensar sua relação com a cidade de São Paulo, uma metrópole vibrante e complexa, mas também marcada por desigualdades e segregação. 

Uma produção da Nós Filmes, o título será exibido em três sessões: na segunda-feira (21), às 20h50, no Espaço Augusta 2; na quinta-feira (24), às 16h, no Reserva Cultural 2; e terça-feira seguinte (29), no Cineclube Cortina, às 21h20.

Trazendo histórias de luta e resistência, o documentário mostra exemplos positivos de como é possível pensar a cidade de forma mais humana e gentil, como as ruas coloridas do Jardim da União, a horta comunitária das Mulheres do GAU, o caloroso teatro da Cia Mungunzá, no Centro da cidade, ou a ancestralidade preservada no Pico do Jaraguá.

Concebido em 2016, o projeto abordava, inicialmente, a ocupação da cidade de forma mais despretensiosa, focando em lazer e diversão. “No entanto, quando o financiamento foi finalmente obtido, a realidade do país e da cidade havia mudado significativamente”, explica o diretor. “Assim, o filme evoluiu para um documentário que explora a ocupação da cidade sob uma perspectiva social, enfatizando o direito de todos de usufruir e ocupar os espaços urbanos em diversos níveis”. 

A escolha das iniciativas de ocupação a serem retratadas foi feita coletivamente entre a produtora Ana Cláudia Streva, a pesquisadora Stela Grissoti, a roteirista Juliana Borges e o diretor. “Consideramos diversos níveis de ocupação, como moradia, alimentação saudável, cultura e lazer. Stela conduziu uma pesquisa abrangente, sugerindo pessoas e grupos espalhados pela cidade até chegarmos aos que estão no filme. Desde o início, decidimos incluir os chamados ‘especialistas’, que não estão diretamente envolvidos nos processos de ocupação, mas que atuam como analistas e comentadores dessas iniciativas”, explica Ribeiro. 

O diretor ainda ressalta que foi fundamental para o longa o trabalho da fotógrafa Carol Quintanilha e do técnico de som Michel Benício, “que capturaram magistralmente as imagens e os sons não apenas dos nossos personagens, mas da cidade de São Paulo como um todo”. “Após as filmagens, o filme foi editado por Larissa Figueiredo que, durante quatro meses, me ajudou a encontrar o ritmo e as formas ideais, além de definir as sensações que queríamos transmitir. Foi, de fato, um filme realizado de maneira muito coletiva.”

Ao mostrar novas possibilidades de transformação da cidade, tornando-a acessível e proveitosa a moradores e moradoras de todas as regiões, Ribeiro confessa esperar que o filme desperte a consciência de que as pessoas podem e devem lutar pelo seu espaço na cidade. “A cidade é de todos e para todos, mas, historicamente, o controle tem estado nas mãos de poucas pessoas que decidem seu futuro, geralmente motivadas por dinheiro e privilégios. Essa situação precisa mudar”, conclui.

Sessões de Ocupa SP na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

21/10 às 20h50 – Espaço Augusta 2

24/10 às 16h – Reserva Cultural 2

29/10 às 21h20 – Cineclube Cortina

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