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Pôster de Enterre Seus Mortos é divulgado; longa estreia no Brasil no Festival do Rio
Os limites entre a vida e a morte, o real e o fantástico estão novamente na obra do diretor e roteirista Marco Dutra (“O Silêncio do Céu”, “Quando eu era vivo”, “As Boas Maneiras”, “Trabalhar Cansa”). Partindo do romance homônimo da aclamada autora Ana Paula Maia, Enterre Seus Mortos traz os atores Selton Mello e Marjorie Estiano como protagonistas. A produção é Original Globoplay e também é assinada por RT Features.
A estreia mundial do filme acontece na Espanha, no prestigiado Festival de Cinema de Sitges – um dos mais importantes festivais internacionais, sobretudo dentro dos gêneros de terror e fantasia, e logo em seguida será exibido no Festival de Londres – BFI. No Brasil, o filme realiza sua estreia no Festival do Rio, em 11 de outubro, e também foi selecionado para ser exibido na 48º Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Na produção, Selton Mello interpreta Edgar Wilson, homem soturno que trabalha como removedor de animais atropelados em estradas; seu colega de trabalho é um padre excomungado, Tomás (Danilo Grangheia). O protagonista namora Nete (Marjorie Estiano), sua chefe e quem lhe passa as chamadas das ocorrências. O cenário é a fictícia Abalurdes, pequena cidade marcada por acontecimentos peculiares e um clima de apocalipse iminente. Porém, chega um momento em que Edgar é obrigado a violar as regras do seu trabalho e o caos passa a imperar em sua vida e na cidade.
O filme possui elenco de peso além dos protagonistas, e conta também com Betty Faria, Maria Manoella e Gilda Nomacce. O roteiro teve a colaboração de Caetano Gotardo – com quem Marco Dutra dirigiu “Todos os Mortos”, exibido em competição no Festival de Berlim 2020 e premiado em Gramado no mesmo ano.
“Enterre Seus Mortos mistura diversos gêneros do cinema para abordar o antigo tema do ‘Fim dos Tempos’. Edgar Wilson, o protagonista, é como uma ponte entre o mundo dos vivos e dos mortos, entre a vida desperta e os pesadelos. Ele é um andarilho, movendo-se por mundos destruídos que parecem próximos do fim, mas que de alguma forma ainda funcionam. O filme foi escrito e produzido durante os anos da pandemia, e o tema da Morte, em todo o seu sombrio esplendor, aos poucos se tornou o foco central. A inevitabilidade da morte, mas também a ideia de salvação diante dela. As maneiras pelas quais resistimos fugazmente à morte, esculpindo espaços para sobreviver e possivelmente prosperar em um mundo que colapsa”, conta o diretor.
A fotografia do longa é assinada pelo português Rui Poças, que já trabalhou com Dutra em “As Boas Maneiras”, e tem em seu currículo filmes como “Zama”, “O Ornitólogo” e “Tabu”. A trilha sonora é de Lúcio Maia (“Amarelo Manga”), com participação de Dutra. Já os efeitos especiais práticos são de Rodrigo Aragão, diretor de filmes de terror como “O Cemitério das almas perdidas” e “A Mata Negra”. Marina Franco (“A Vida Invisível” e “Três Verões”) é responsável pelo figurino, enquanto Ana Paula Cardoso (“Noites de Alface”, “A Febre”, “Deslembro”) cuida da direção de arte do longa.
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