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Adeus, Cacá Diegues!
Um dos mais importantes diretores do cinema brasileiro, Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta (14) aos 84 anos. Ele estava internado na Clínica São Vicente para uma cirurgia e morreu de “complicações cardiocirculatórias”, segundo nota da Academia Brasileira de Letras (ABL).
O velório acontecerá neste sábado (15) na ABL e depois ele será cremado no Cemitério do Caju.
Cacá dirigiu mais de 20 filmes em sua trajetória e foi um dos fundadores do Cinema Novo, junto de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade. Em 1961, junto de David Neves e Affonso Beato fez o curta-metragem “Domingo”, um dos pioneiros do movimento. Entre os seus trabalhos mais marcantes estão “Bye, Bye Brasil” (1980), “Tieta do Agreste” (1996) e “Xica da Silva” (1976).
Ele também dirigiu “Veja Esta Canção” (1994), “Deus é Brasileiro” (2003), “Joanna Francesa” (1973), “Orfeu” (1999), “Quilombo” (1984), “Dias Melhores Virão” (1989), “Chuvas de Verão” (1978) e “O Grande Circo Místico” (2018). Seu último trabalho foi “Deus Ainda é Brasileiro” que estreia nos cinemas em outubro.
Cacá nasceu em 06 de maio de 1940 em Maceió e aos seis anos se mudou para o Rio de Janeiro. Ele se formou em Direito na PUC-Rio e na faculdade começou a mergulhar no mundo do cinema com as primeiras produções amadoras e a criação de um cineclube.
Em 1962 fez o seu projeto trabalho solo com o curta “Escola de Samba Alegria de Viver” em 1962 para o longa “Cinco Vezes Favela” e dois anos depois fez o seu primeiro longa “Ganga Zumba”.
Em 1969, ele se exilou na Itália e depois na França ao lado de sua esposa Nara Leão após a decretação do AI-5 e voltam ao país em 1972. Em 1981, ele foi jurado no Festival de Cannes onde foi indicado três vezes com “Bye Bye Brasil”, “Quilombo” e “Um Trem para as Estrelas”
Em 2016, ele foi homenageado pela escola de samba Inocentes de Belford Roxo com o tema “Cacá Diegues – Retratos em Cena”. Dois anos depois ele virou imortal da ABL ocupando a cadeira 7, herdado de Nelson Pereira dos Santos.
Cacá era colunista do jornal O Globo, onde escrevia uma coluna no Segundo Caderno. Em sua última coluna publicada no último domingo (09), ele afirmou que torcia para que “Ainda Estou Aqui” fosse reconhecido “em toda sua plenitude” e comentou que as histórias do longa de Walter Salles, de “A Semente do Fruto Sagrado” e de “O Brutalista” dialogam com o cinema que “pode mudar a maneira de ver o mundo”. No artigo, intitulado “Histórias que Conversam”, também comentou sobre a alta quantidade de decretos assinados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e os focos das medidas nas três primeiras semanas de seu segundo mandato.
Ele deixa esposa, a produtora Renata Almeida Magalhães, e três filhas, duas do casamento com Nara e uma do relacionamento com Renata.
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