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Críticas

Crítica: Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrim

Andrea Cursino

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É possível matar a saudade das histórias da Terra Média com uma nova roupagem e muita competência!

Ao saber que haveria um novo filme sobre Senhor dos Anéis, surgiu uma curiosidade em saber qual seria a história. Foi uma surpresa descobrir que era uma animação e me surpreendi novamente ao ver que além de ser em animação, seria numa versão Anime.

Ainda bem que não quis muita informação antes de assistir para que a experiência fosse a melhor possível. E digo que essa animação está de parabéns ao respeitar a essência do Senhor dos Anéis trazendo algo novo. A tendência seria trazer mais do mesmo. E é nesse ponto que a visão do produtor Peter Jackson foi muito feliz. Uniu a história da Terra Média com o universo do Anime de forma harmônica até mesmo na trilha sonora. Steve Gallagher pegou a trilha criada por Howard Shore e atualizou com um misto do que foi criado por Howard e um toque que remete as trilhas usadas em Animes.

Com isso, “Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrin” cumpriu seu papel em retratar a Terra Media, mas com um novo jeito de contar a história, e com isso, atrai o público cativo e ainda busca mostrar essa história para um novo público.

O que ajudou muito a história ser bem contada é ter na equipe Philippa Bovens, roteirista das duas sagas. Ela contou com a colaboração de outros roteiristas a começar por sua filha Phoebe Gittins e seu parceiro Arty Papageorgiou, e a dupla Jeffrey Addiss, Will Mathews que também trabalharam juntos em outra animação de fantasia.

Vale lembrar que é sempre um risco tentar inovar em algo já estabelecido e cultuado por um público cativo e inúmeras premiações. Mas essa fusão de conceitos funcinou muito bem.   

Quando J. R. R. Tolkien, um professor universitário e filósofo escreveu sua obra mais consagrada, os três livros de Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel, As Duas Torres e o Retorno do Rei, o modo de escrever conquistou leitores no mundo todo. Peter Jackson era um deles e fez questão de levar a obra para cinema e os filmes têm longa duração para tentar preservar a obra literária. Anos depois, Peter Jackson transforma um único livro em três filmes: “O Hobbit”.

E agora,  10 anos depois do último filme, O cinema tem a oportunidade de ver uma nova história do universo do “Senhor dos Anéis” com uma nova roupagem pelas mãos de um novo diretor. A Terra Média ganha um toque de Anime pelas mãos do diretor japonês Kenji Kamiyama. Esse é um diretor que tem em sua carreira muitos animes.

E para quem mergulhou nesse universo literário e cinematográfico grandioso, vale a pena mergulhar nessa animação com técnicas de animação impecável com tom de Anime, um estilo que ganhou fãs no mundo inteiro. Nada mais acertado que trazer um diretor que conhece bem as técnicas de Anime e ao mesmo tempo abrace a Terra Média com tanta competência para fazer dessa fusão uma possibilidade de novos públicos que quem sabe podem se interessar em conhecer as obras literárias e cinematográficas.

Nesse filme, a história se passa 183 anos antes dos acontecimentos do primeiro filme, “Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel” em Rohan, um dos reinos dos humanos na Terra-Média conhecido pelos seus cavaleiros, os Rohirrim, e expande a saga do rei Helm Mão de Martelo. A história é centrada na filha de Helm,  Héra Mão de Martelo, e irmã de Haleth e Háma, prima de Fréaláf Hildeson, braço direito do tio e protetor da prima.

Numa reunião, o Rei Helm é desafiado por inimigo antigo, Lorde Freca que teve que se aliar ao perder o trono. Para recuperar, o trono que ele acredita ser dele,  seu filho Whul pede a mão de Héra em casamento. O pedido é recusado e os Reis brigam fora do castelo. Na briga, Helm leva melhor e Whul quer vingança pelo pai morto e começa a história dessa saga pela primeira vez em animação.  

A história é narrada por Éowyn, uma rainha guerreira dos filmes de Peter Jackson interpretada por Miranda Otto, que nessa animação dubla a narradora, e na dublagem versão brasileira a voz é de  Eleonora Prado.

O filme ganha muito em ter respeitado a essência e criado algo inovador  oferecendo aos fãs novas possibilidades e buscando novos públicos que possam se interessar em conhecer toda obra maravilhosa criada por Tolkien e Peter Jackson.    

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