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De Marcio Reolon e Filipe Matzembache, Ato Noturno é selecionado para mostra Panorama do 75° Festival de Berlim

Lucas Furtado

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Ato Noturno, novo longa dos diretores brasileiros Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, foi selecionado para a mostra Panorama e representará o Brasil na 75ª edição do Festival de Berlim, em fevereiro de 2025. Produzido por Jessica Luz e Paola Wink, o filme já tem distribuição garantida no Brasil pela Vitrine Filmes e ainda não tem uma data de estreia definidas nos cinemas brasileiros.

Estamos muito felizes com a estreia mundial de Ato Noturno na Berlinale, um evento pelo qual temos imenso carinho e gratidão”, celebraram. “Agora, retornar ao festival com um filme tão especial e que marca um novo passo na nossa cinematografia, nos deixa profundamente emocionados e ansiosos. Mal podemos esperar para aquecer o inverno berlinense com as intensas noites de Ato Noturno.”

Esta é a terceira participação do duo no evento, que recebeu seu longa de estreia “Beira-Mar” na mostra Fórum, em 2015, e “Tinta Bruta”, em 2018, também na Panorama, onde levou dois prêmios: o Teddy Award de Melhor Filme, o mais importante prêmio destinado ao cinema queer do mundo, e o C.I.C.A.E. de Melhor Filme da mostra Panorama.

Protagonizado por Gabriel Faryas, o longa é um suspense erótico que entrelaça desejo e performance em uma narrativa tensa e sensual sobre identidade e a constante gangorra entre o instinto de se render a ela e a pressão social para negá-la.

O filme acompanha Matias, um ator em início de carreira que busca sua primeira grande chance ao estrelato em Porto Alegre, participando de um respeitado grupo de teatro. Quando a notícia de que uma grande série será rodada na cidade chega à trupe, a já saliente rivalidade entre o protagonista e seu colega de apartamento, Fabio (Henrique Barreira), se acirra. Mas Matias tem um obstáculo ainda mais desafiador se quiser conseguir o papel do galã: para ter uma chance de realizar seu sonho, o jovem terá que esconder parte de quem é e ceder às convenções de gênero.

Talvez em outro contexto a ambição prevalecesse diante da individualidade. No entanto, ao se envolver com Rafael (Cirillo Luna), um político que vive um teatro à sua maneira, manter suas vontades em segredo se torna uma dinâmica tão opressora, quanto estimulante.

Há muito tempo exploramos o olhar e a performance como elementos centrais em nosso cinema. Com Ato Noturno, essa investigação permanece, mas os personagens se relacionam com esses elementos de uma nova maneira”, analisa a dupla. “Além disso, tínhamos o desejo de criar um suspense erótico, com toques de noir — um universo que acreditamos dialogar profundamente com o Brasil de hoje. Nesse processo, conseguimos construir tensão, brincar com corpos em movimento e explorar o erotismo em uma ambientação noturna, sedutora e perigosa.”

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