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Dirigido por Patrícia Palumbo, Luiz Melodia – No Coração do Brasil estreia nos cinemas em 16 de janeiro
Para quem é bom conhecedor da obra de Luiz Melodia, não é preciso muito para explicar a fama do cantor de Poeta do Estácio. Autor de versos profundos na sua informalidade, a obra do músico está intimamente ligada à poesia da década de 1970, algo que o novo documentário da diretora Alessandra Dorgan, Luiz Melodia – No Coração do Brasil, explora muito bem. Com distribuição da Embaúba Filmes, o longa chega aos cinemas em 16 de janeiro, esmiuçando não só seu legado na cena musical da época, como sua importância para a cultura brasileira como o artista consciente, questionador e único que foi.
“Quando a gente ouve uma canção de Luiz Melodia, a gente sabe muito bem que é Luiz Melodia”, afirma Patrícia Palumbo, diretora musical do doc, com quem Dorgan colaborou desde o princípio do projeto. “Não só pela levada muito especial que ele faz nessa mistura de blues, jazz e samba, mas também pela maneira e pelas coisas que escreve. Ele tem um jeito de falar e de contar histórias a partir da vivência dele, como um menino crescido no Morro de São Carlos [no Rio de Janeiro]. E está tudo ali, na poesia.”
Amigo de grandes escritores brasileiros, como Manoel de Barros e Waly Salomão, quem primeiro o apresentou para Gal Costa, Luiz Melodia transparece sua conexão com a poesia dos seus contemporâneos desde seu primeiro álbum, Pérola Negra (1973). “Quando você ouve ‘Farrapo Humano’, existe uma associação direta com a poesia de Torquato Neto. Muitas das canções do Luiz tem a ver com a Poesia Marginal, uma poesia que corrompia de certa maneira o português ortodoxo, o português oficial por assim dizer”, exemplifica, sem deixar de frisar a particularidade da obra do Melodia. “Luiz é coloquial e muito original nos seus versos”.
Não à toa, as composições do Poeta do Estácio têm um papel central na narrativa do documentário que é conduzido em primeira pessoa, a partir de entrevistas e materiais de arquivo inéditos do músico.
Desta maneira, a produção celebra um dos artistas brasileiros mais relevantes do século XX, na mesma medida que o apresenta para as novas gerações, com o destaque e reverência que sempre mereceu.
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