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Thainá Duarte deixa o elenco de Geni e o Zepelim e longa terá protagonista trans após críticas

Lucas Furtado

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A Midgal Filmes, Globo Filmes e Paris, produtoras responsáveis pelo longa “Geni e o Zepelim”, anunciaram no último sábado (19) mudanças no elenco após críticas. Thainá Duarte que interpretaria Geni deixou o elenco após protestos pela escolha de uma atriz cisgênero a personagem. Em adaptações da peça “Ópera do Malandro”, também baseada na música homônima de Chico Buarque, a protagonista é uma travesti.

Em comunicado publicado no Instagram, a produtora afirmou que a mudança foi fruto de uma “escolha coletiva” e que o “momento político global, e em especial o cenário transfóbico no Brasil, impõe a todas as pessoas uma postura ativa e comprometida”. A nota menciona que a equipe teve uma conversa com a Associação de Profissionais Trans do Audiovisual (APTA) sobre para tomar os rumos sobre a definição da personagem na obra.

A diretora do longa, Anna Muylaert, em uma postagem em sua conta no Instagram, disse que após entender a dimensão da Geni para a comunidade trans entendeu que a escalação de uma cis foi “um erro, um equívoco” e pediu desculpas pela ideia inicial. No vídeo, ela também pediu desculpas a Thainá pela exposição que ela sofreu na internet com as críticas a sua escolha para o papel.

A atriz Tainá Duarte também fez uma publicação no Instagram afirmando que lamenta que a escolha tenha causado dor e se colocou do lado da comunidade trans na reivindicação. No vídeo, ela disse que doeu bastante os comentários ofensivos que recebeu e repudiou os ataques. Tainá afirmou que espera “que a atriz que interprete a Geni faça tão bem, que isso possa sanar um pouco a dor que estamos sentindo”.

As críticas e a polêmica sobre a escalação começaram após o anúncio dos atores que interpretariam os protagonistas feito pelo O Globo na última terça (15) e depois confirmado em nota. Além de intérprete da Geni, Seu Jorge foi anunciado no papel do Comandante de Zepelim.

Apesar da música de Chico Buarque não especificar o gênero da protagonista, todas as versões da peça de teatro sempre foram consideradas como travesti porque há indícios de que a letra quando fala sobre o ódio a Geni é por ela ser travesti e prostituta. No comunicado, a diretora ressaltou que o filme não é uma adaptação da peça de teatro, mas da letra da música e no conto conto Bola de Seda de Guy de Maupassant, que segundo o cantor inspirou a canção.

Após o debate da escolha, a diretora do longa Anna Muylaert disse, em uma postagem no Instagram, que a música e o conto podem ter várias interpretações e que entendeu que uma amazônica cis poderia refletir a Geni. Entretanto, ela afirmou que estava aberta a discussão e queria compreender “se hoje em 2025, o mito Geni só pode ser interpretado como uma mulher trans” e poder repensar a escalação. Diversas personalidades como Lineker e Camila Pitanga pediram a mudança.

O longa terá filmagens na cidade de Cruzeiro do Sul e contará a história de uma prostituta ribeirinha que é amada por desamparados e odiada pela sociedade local que vê tropas comandadas pelo tirano Comandante invadir a cidade que tem um projeto para a região com poder predatório. Ele chega através de um zepelim e impõe que todos a fugirem rio adentro que acabam sendo presos, mas quando o tirano vê Geni, ela vê chances de mudar sua própria história.

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