O anime mangá “ Ghost In the Shell” é uma referência, tanto pela temática super futurista quanto pela mensagem que quer passar. Não à toa, o desenho serviu de inspiração para a trilogia “Matrix”, uma das maiores revoluções pelas quais o cinema já passou. Agora vem a adaptação para as telonas (O já famigerado live – action) dessa icônica história, batizado em terras tupiniquins como “A Vigilante do Amanhã”.
A obra recebeu diversas críticas por conta da “ocidentalização” de uma animação oriental e da escalação de Scarlett Johansson como Major. Mas isso quer demonstrar que somos todos iguais, sem distinção de raça ou etnia e, num futuro próximo, seremos somente máquinas e humanos.
A grande mudança na história foi justamente o fato de Major questionar sua existência o tempo todo, pois suas lembranças são muito rasas. E Scarlett Johansson consegue dar seriedade a sua personagem mesmo diante de todos os percalços, mostrando assim que foi uma decisão acertada sua escolha para o papel principal. Fora isso, todo o resto é fidedigno, onde a atmosfera japonesa domina todo o cenário, graças a destreza do diretor Rupert Sanders e do roteiro correto de Jamie Moss e Jonathan Herman.
Visualmente falando, o filme é um primor, com todas aquelas luzes de neon e os hologramas em tamanho real. Tem um toque de “Blade Runner”, só que mais futurista. E a trilha sonora, a la “Enjoy The Silence” da banda inglesa Depeche Mode, nos dá um toque nostálgico.
Por fim, quem conhece a história não irá se decepcionar com essa adaptação cinematográfica. Já quem nunca ouviu falar, terá um certo entendimento pois houve mudanças na trama que a tornou palpável para todos. Até que ponto é ético inserir tecnologia em humanos? O que pode acarretar dessa fusão entre homem e máquina? São perguntas coerentes e bastante reais.
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