Imagine viajar de férias e ter que conviver com uma pessoa que você odeia para uma ajuda, o plano dá errado e necessita conviver com o mesmo por um significativo período. Este é o resumo da produção na qual João (Eduardo Sterblitch) precisa superar as diferenças com Carlos Alberto (Pedro Burgarelli) para curtir Orlando nos parques da Universal e ajudar sua chefe Clara (Luana Martau) na entrega do filho ao seu pai Ricardo (Anderson Di Rizzi). O diretor Rodrigo Van Der Put se inspirou nos grandes sucessos da Sessão da Tarde em uma confusa produção.

Os problemas começam no roteiro que pode deixar o espectador confuso sobre o propósito da história. Ela tem um sentido, mas faltou conexões que a deixasse mais interessante, coesa e com os seus objetivos expostos ao público. O uso de artifícios mais jovens é bom, mas é usada em excesso para o que se propõe ser um longa familiar, tornado mais voltada para os jovens. A ausência de equilíbrio pode afugentar um público que ainda está começando a lidar com as transformações tecnológicas e de consumo.

Outro grande aspecto negativo é que a história se volta demais aos parques da Universal que é exagerada e comprometeu a construção da história. Com exceção das cenas dentro dos brinquedos, a edição é um dos grandes aspectos negativos e deixou o filme arrastado e com alguns momentos sem sentido. Como consequência, as atuações foram abaixo do esperado e não conseguiram se descontaminar deste compilado de más escolhas.

Dois é Demais em Orlando tem intenções boas, tem um objetivo claro, mas falhou na produção e não conseguiu encontrar o equilíbrio que um filme familiar precisa em tempos de transição tecnológica e está bem jovem. Contudo, o erro central é a falta de uma história bem conduzida e amarrada que sustentasse o filme e comprometeu o resultado da produção, o deixando confuso, bem confuso.

 

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