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De Cao Guimarães, Amizade estreia nos cinemas em 13 de março
“Já que eu não podia trazer os amigos comigo para o Uruguai, eu os trouxe através de sons e imagens”. A frase dita por Cao Guimarães no documentário Amizade sintetiza a essência do filme: uma coletânea de momentos reais, registros espontâneos e memórias acumuladas ao longo de 30 anos. Filmado em diversos formatos – de filmes Super8 e 16mm a telas de computador, fitas cassete e gravações de secretária eletrônica – o longa reúne pequenos gestos e encontros que, juntos, formam um retrato íntimo e afetivo sobre amizade, tempo e partilha.
“Decidi fazer um filme com meu arquivo pessoal. E dentre os vários temas que surgiam ao revisitar essas imagens, escolhi a amizade. Porque, para mim, a amizade sempre foi o exercício por excelência da alteridade e, além disso, também é, como o cinema, uma escultura no tempo”, reflete Cao.
A amizade, assim como o cinema, é feita de encontros, distâncias e reencontros. E é a partir dessas costuras que Cao constrói um filme que oscila entre a memória e a invenção, o pessoal e o universal. No centro dessa construção está a relação do diretor com seus amigos, entre eles Beto Magalhães, produtor de muitos dos seus filmes, cuja mudança de Belo Horizonte para Montevidéu foi registrada em três dias de filmagem.
Ao revisitar décadas de registros pessoais, Cao transforma sobras, rastros e restos em matéria-prima para um filme que dialoga com sua própria trajetória. “A gente vai mudando com o tempo, e o tempo é a matéria que o cinema (e a vida) esculpe“, afirma o diretor.
Ao longo de sua trajetória, Cao Guimarães construiu uma filmografia marcada pela interseção entre o cinema e as artes visuais, entre o real e o onírico. Desde os anos 1990, seu trabalho transita entre o cinema de invenção e o documentário expandido, explorando novas formas de percepção da imagem e do cotidiano. Seus filmes já foram exibidos e premiados em festivais como Berlim, Locarno, Veneza e Sundance, além de integrarem coleções de museus como MoMA (Nova York), Tate Modern (Londres) e Fondation Cartier (Paris).
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