O 27º Festival Curta Cinema que vai de 1 a 8 de novembro 150 filmes da safra de 2016-2017 em cinco salas do circuito independente do Rio com entrada franca. O Festival qualifica o filme vencedor para concorrer a uma vaga no Oscar.

Serão exibidos filmes que normalmente não teriam chance de serem exibidos aqui. São curtas de países como Líbano, Irã, Camboja e Tailândia.

O Festival conta com uma Mostra de Terror Nacional com filmes como:  “Expresso”, do Quico Meirelles. O documentário do Gabraz Sanna sobre o Caetano Veloso, um curta suíço sobre os 100 anos da Revolução Russa, “Nada”, de Gabriel Martins:, que passou em Cannes este ano. Entre os filmes nacionais, destaque para o Panorama Carioca, que este ano está pautado por questões de identidade cultural, feminismo e movimento negro. Este é um ponto forte da competição também.

São sessões de até 2 horas de duração em horários diversos no Cine Odeon NET Claro, Cinemateca do MAM, Centro Cultural da Justiça Federal-CCJF, Cinemaison e Cine Arte UFF. Ao todo serão 112 filmes nas mostras competitivas: sendo 30 na competição nacional, 35 na competição internacional, 18 no Panorama Carioca e 29 no Panorama Latino-Americano.

No dia 3 de novembro, no CCJF (Centro Cultural da Justiça federal), o Festival apresenta uma masterclass com a cineasta suíça Eillen Hofer, que também será jurada dos filmes nacionais. A diretora de “Salada Russa”, um dos destaques da noite de abertura, exibirá trechos de seus curtas e falará sobre o processo de criação e direção. A masterclass terá entrada franca e tradução simultânea.

 

Alguns filmes e temas que merecem destaque:

 

NOITE DE ABERTURA (FILMES FORA DE COMPETIÇÃO)

 

Ruído, de Gabraz Sanna: Documentário artístico que traça o perfil de Caetano Veloso sobre uma perspectiva experimental e não convencional. Parte das imagens são inéditas e foram produzidas especialmente para o filme. É inédito.

 

Salada Russa, da diretora suíça Eillen Hofer, que estará presente e será membro do júri da Competição Nacional foi realizado em 6 horas, durante um jantar em que diferentes amigos, de etnias que compuseram o antiga União Soviética discutem a Perestroika, avanços e retrocessos na história da revolução soviética, que completa 100 anos.

 

The Dead Fish Story, de Marion Naccache, realizadora francesa, que vive no Brasil, é uma experiência visual com diálogo da diretora com o realizador Jim Jarmush durante um passeio de carro por Nova York.

 

“A Ilha do Farol”, novo curta da carioca Mariana Kaufman e de Jo Serfaty, que tem sua estreia nesta noite.

 

COMPETIÇÃO NACIONAL

 

C (elas), de Gabriela Santos Alves: Documentário sobre a maternidade nas prisões brasileiras. O filme conta com depoimentos contundentes de mulheres que precisam conjugar a maternidade com a difícil condição de encarceramento.

 

Boca de Fogo, de Luciano Pérez Fernández: Premiado documentário esportivo sobre o Boca de Fogo, popular narrador de jogos de futebol do sertão de Pernambuco.

 

Meninas Formicida, de João Paulo Miranda Maria: Um dos mais bem-sucedidos curta-metragistas da nova geração, seu filme anterior “A moça que dançou com o diabo” foi para a competição do Festival de Cannes do ano passado. Essa sua nova produção tem distribuição internacional e retoma o tema da tensão feminina em meio às regras de uma sociedade patriarcal.

 

Nada, de Gabriel Martins: Outro bem sucedido autor. Este filme foi para a Quinzena dos Realizadores em Cannes. Um dos expoentes do cinema negro brasileiro, seu filme fala sobre uma jovem cantora de rap inconformada com o status quo que a cerca. Um dos filmes mais esperados do festival. (tag: autores consagrados/Cannes/Hip Hop/movimento negro/feminismo)

 

Tentei, de Laís Melo: Diretora que neste filme traz à tona a luta da mulher negra para ser respeitada e reconhecida na sociedade brasileira.

 

Àndale, de Petter Baiestorf: Diretor consagrado no meio do terror/trash brasileiro com dezenas de filmes lançados e extensa carreira. Agora ele experimenta um gênero mais político, com fortes críticas à violência policial em um filme intensamente experimental.

 

 

PANORAMA CARIOCA

 

Tia Ciata, de Mariana Campos e Raquel Beatriz: Documentário sobre importante personalidade do movimento afro-brasileiro no Rio de Janeiro. (tag: movimento negro/religião africana)

 

Mercadoria, de Carla Villa-Lobos (tag: prostituição; feminismo)

 

Tião, de Clementino Júnior (tag: representação negra/religião)

 

Amiga Oculta, de Carla Miguelote (tag: lugar de fala/representação feminina)

 

O mais barulhento silêncio, de Marccela Moreno (tag: violência de gênero)

 

Somaré, de Lana Lo Bianco (tag: movimento de favelas/cultura/música)

 

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

 

 

Dois grandes destaques são:

 

Où Em Etes Vous, João Pedro Rodrigues? , de João Pedro Rodrigues: Filme do consagrado diretor português, diretor de O Ornitólogo (lançado em circuito nacional este ano pela Vitrine Filmes) e O Fantasma. O curta é fiel ao estilo provocativo  do autor, e é um dos grandes destaques da mostra competitiva. (tag: diretores consagrados) Foto

 

Meryem, de Reber Dosky: Documentário intenso sobre as guerrilheiras curdas que lutam contra o Estado Islâmico na Síria. Filme extremamente atual que dialoga com as principais notícias do noticiário internacional. (tag: guerra/terrorismo/feminismo)

 

 

PREMIAÇÃO

 

Grande Prêmio Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro e qualificação para concorrer a uma indicação ao Oscar 2017*

 

Prêmio Especial do Júri*

Melhor Filme pelo Júri Jovem 2017*

Melhor Direção*

Grande Prêmio de Público 2017*

Prêmio de Público Panorama Carioca

Prêmio de Público Panorama Latino Americano

Prêmio Canal Brasil de Curtas (troféu Canal Brasil + R$ 15 mil)

 

*Prêmios concedidos a filmes brasileiros e estrangeiros

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