Tom Cruise as Ethan Hunt in MISSION: IMPOSSIBLE - FALLOUT, from Paramount Pitcures and Skydance.

O sexto filme da franquia é sem dúvida um dos melhores. Christopher McQuarrie retorna à direção e ao roteiro, como foi em “Missão Impossível 5: Nação secreta”.  É visível que McQuarrie entende bem a série original em que o filme se baseou. Desde o quarto filme, “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” a franquia encontrou seu caminho. Em time que está ganhando não se mexe.

Tudo evoluiu, o elenco, os personagens, as locações, os figurinos, os roteiros, as cenas de ação, enfim, tudo para te prender na poltrona, os olhos na tela e levar o filme na cabeça ainda sob o efeito das cenas cheias de adrenalina.

Uma falta foi sentida, o ator Jeremy Renner que interpreta William Brandt, um dos integrantes do time de Ethan Hunt, não pôde participar desse filme por conta de não concordar em que entrar para morrer logo na primeira cena. Decisão mais que acertada. McQuarrie insistiu na ideia em matar um membro da equipe e sua roleta russa acertou no Brandt. Como há males que vem para bem, Renner não entra no sexto filme, o que abre a possibilidade de voltar no sétimo filme da franquia. Coisa que seria impossível se ele morresse em Efeito Fallout. Então a falta foi justificada.

A trama é interessante e se desenrola quando uma missão se complica e a missão impossível da vez é resgatar o plutônio perdido. O roteiro foi trabalhado para desenvolver a relação entre os personagens e suas pendências e missões. A novidade fica por conta da entrada de Angela Basset como uma diretora da CIA e o vilão da vez, o agente August Walker, interpretado por Henry Cavill. Enfim podemos conferir algo que causou problema no filme da Warner, “Liga da Justiça” o tal bigodão de Walker que mais parecia o bigode de Magnum (Detetive de antiga série de TV). Se a ideia era deixar o ator fisicamente diferente do Superman, não funcionou como o esperado, já que o bigode ficou estranho. Mas isso é apenas um detalhe que não atrapalha em nada o filme. O vilão do último filme está de volta e Vanessa Kirby entra na trama e tem seu espaço bem aproveitado.

O time de Hunt, mesmo desfalcado dá conta do recado a começar por Benji vivido por Simon Pegg. O personagem é essencial para trama e sem ele falta vida. O carisma e talento de Pegg proporciou a Benji um algo a mais. É claro que o filme é de Tom Cruise, mas sem Benji a franquia não funciona. Luther é outro personagem que é importante para a trama e está desde o começo na jornada de Ethan Hunt.

Vale dizer que a montagem desse filme é um dos pontos fortes e imprime um ótimo ritmo de ação com cenas de tirar o fôlego.  O editor Eddie Hamilton tinha a difícil tarefa de transmitir o clima de ação e suspense necessários juntando todas as peças sem entregar o resultado antes da hora.

A fotografia é um outro atrativo para valorizar as locações e adereços de cena que teve uma boa parceria entre direção de arte e efeitos visuais.

O resultado do conjunto da obra é um filme que funciona bem como entretenimento. Podemos dizer que “Missão Impossível: Efeito Fallout” é    Divertido, regado à adrenalina que completa bem a segunda trilogia da franquia e agora valorizando a obra original que se inspirou, a série que foi ao ar entre 1966 até 1973  criada por Bruce Geller. Os fãs da série agradecem!

 

Mas aqui vale uma dica para a equipe da franquia: Já não tem mais graça matar personagens queridos do público. Não existe mais o efeito surpresa, além de perder gratuitamente bons personagens que podem desenvolver bem nos próximos filmes. E todos perdem com isso. A história, o público o elenco e a obra em si. Então caprichem no próximo e nada de matar personagens queridos!

 

 

 

 

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