O filme roteirizado e dirigido por Paulo Pons é um filme de história, de personagem e manda bem seu recado. A trama bem amarrada e o bom roteiro constrói uma história coerente com personagens bem estruturados que ganham vida com um talentoso elenco.  Dois fatores importantes podem ser levados em consideração, saber qual o objetivo que história e mensagem querem passar e  todo filme precisa de uma equipe engajada no projeto. O entrosamento ou a falta dele sempre transborda na tela de cinema, e aqui podemos ver um empenho da equipe em mandar seu recado, mesmo que com baixo orçamento. O cinema brasileiro tem experimentado dessa fonte, primar pela qualidade da história e da equipe para suprir qualquer deficiência financeira. Aqui o filme funciona muito bem.

O resultado de um bom filme se deve a habilidade em que o cineasta tem para contar sua história e saber tirar o melhor de seu elenco. Não adianta ter um ótimo ator ou atriz se o diretor não sabe como orientar cada ator e atriz em cena.  Aqui é perceptível o envolvimento do diretor com todos os processos, mas principalmente na mensagem que ele quer passar. Paulo Pons usa muito os diálogos entre os personagens de Antônio Fagundes e Caio Blat para as mensagens mais expositivas, mais contundentes. O que é coerente, afinal a profissão do jornalista é estar sempre em busca da verdade. O bom é que não é um filme partidário. Ele foca mais na filosofia do todo ao invés de se restringir a falar de um determinado partido ou político. O foco é o sistema onde tudo se desenvolve, e tudo se perde.

O elenco tem como protagonista o ator Antônio Fagundes que interpreta o personagem Caio Viana, um jornalista que se vê em uma situação complexa e tem que saber como resolver. A verdade é buscada e questionada a todo momento onde ela é a chave da construção das relações não só entre os personagens, mas com a verdade interior de cada um.

“Contra a Parede” mostra que pode levantar questionamentos sobre o que as pessoas fazem com a ética, as responsabilidades no seu dia a dia e seus relacionamentos no sentido mais geral, trabalho, família, social e etc.

Além de Antônio Fagundes, estão no elenco atores já conhecidos do público como Caio Blat, Marcos Caruso, Emílio Mello, Clarisse Abujamra, Edson Celulari, Alexandra Martins, Bruno Fagundes e Caco Ciocler.

A caracterização dos personagens está bem-feita tanto no figurino elaborado por Joana Lima e Silva, quanto na maquiagem de Natália Sampaio. Os ternos e vestidos usados fornecem uma boa leitura de quem é aquele personagem que o figurino ajuda a contar a história. A maquiagem mostra várias etapas como beleza, machucados e etc.

A direção de arte caprichou nos detalhes e ajuda a contar esse história. A Trilha sonora pontua bem as cenas e a montagem proporciona um bom ritmo e nos deixa no fim juntar as peças do quebra-cabeças dessa história.

podemos ver que no geral o filme tem seu lugar e merece ser visto não só nas plataformas streaming e Tv, mas merece sim um lugar cativo em várias salas de cinema pelo Brasil.

 

 

 

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