“Ser um homem de bem é um exercício de transcendência.” (Hélio Jaguaribe). Assim começamos a crítica sobre este documentário, uma homenagem ao imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Hélio Jaguaribe. Na verdade, o título deste coincide com uma das principais retóricas do pensador. “TUDO É IRRELEVANTE. HÉLIO JAGUARIBE”, dirigido por sua filha, Izabel Jaguaribe e Ernesto Baldan, levam o público a uma viagem pela sua infância e à reflexão sobre o Cosmos e o destino da humanidade.

Advogado, sociólogo e cientista político, podemos afirmar que Hélio Jaguaribe fomentou o sentimento nacionalista a partir do governo Juscelino Kubitschek, contudo antes, já havia passado pelo Estado Novo, a ditadura de Getúlio Vargas. É muito importante ratificar que este nacionalismo não faz nenhuma referencia à xenofobia, e sim, a uma esperança de um Brasil realmente justo e amplamente aberto ao mundo. O tom filosófico logo no início do documentário impera, com uma passagem pela Grécia Clássica. Nos primeiros minutos deste, há um debate sobre religiosidade e espiritualidade, deixando muito claro a vertente agnóstica de Hélio Jaguaribe. O próprio reproduz um pensamento de Sigmund Freud, a respeito dos conceitos holísticos, “Quem tem a arte e a ciência, não precisa de religião”.

A direção de Izabel Jaguaribe (filha) e Ernesto Baldan dão ao documentário um tom bastante intimista, até mesmo, nos efeitos gráficos (um pouco exagerados) que mostram os pensamentos de Hélio Jaguaribe. Sem nenhum exagero na expressão e em sua maior amplitude, este documento cinematográfico ainda conta com os depoimentos de Antônio Cícero, Fernanda Montenegro, Fernando Henrique Cardoso, a economista Maria da Conceição Tavares, Zuenir Ventura entre outros grandes nomes da filosofia e da literatura. Repensar a vida! Este é o pensamento ao sair da Sala de Cinema, ao imaginar uma sociedade mais igualitária.

 

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Wellington Lisboa, nascido no bairro das Laranjeiras (mas não é tricolor), formou-se e por duas vezes em Comunicação Social, nas habilitações de Publicidade & Propaganda e Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, após cursar a disciplina 'Comunicação & Cinema', com o Professor Carlos Deane, percebeu que o Cinema poderia se tornar a Sétima Arte em sua vida. O falecido Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), Heleno Alves, propôs a ideia de criar um coral. Foi quando o nosso crítico e colunista enveredou pelo caminho musical. Criado o Coral da FACHA e, logo depois, rebatizado com o nome de DANOCORO, Wellington Lisboa, construiu uma carreira musical, junto com o grupo, ao longo de quase quinze anos. Após concluir as duas habilitações, ele cursou Letras (Português - Italiano) na UFRJ mas, não terminou. Entitulando-se 'um eterno ser em busca de si mesmo', Wellington Lisboa enveredou pela graduação em Cinema, foi quando (re)descobriu que o Jornalismo caminha junto com esta arte.

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