O filme “CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, acaba de levar os prêmios de Melhor Direção e de Melhor Fotografia no Festival Internacional de Cinema do Rio. Após fazer sua estreia mundial em Cannes 2018, onde ganhou o Prêmio Especial do Júri da mostra Un Certain Regard do festival francês, o filme foi exibido também na 42a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Rodado ao longo de nove meses na aldeia Pedra Branca (Terra Indígena Krahô, no Tocantins), sem equipe técnica e em negativo 16mm, o filme acompanha Ihjãc, um jovem Krahôque, após um encontro com o espírito do seu falecido pai, se vêobrigado a realizar sua festa de fim de luto.

As filmagens foram precedidas por uma longa relação de Renée com o povo Krahô, que se iniciou em 2009. Desde então, a diretora – também Fotógrafa do filme, premiada recentemente no Festival de Lima – trabalha com a comunidade, participando na mobilização do coletivo de cinegrafistas e fotógrafos indígenas Mentuwajê Guardiões da Cultura. O trabalho do grupo é focado numa utilização do audiovisual como instrumento para a autodeterminação e o fortalecimento da identidade cultural. Em 2014, João Salaviza conheceu os Krahô e, juntos durante longas estadias na aldeia, começaram a imaginar o que viria a ser o filme.

CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS é produzido por Ricardo Alves Jr. e Thiago Macêdo Correia, da EntreFilmes (responsável pela produção do longa Elon não Acredita na Morte), em coprodução com a portuguesa Karõ Filmes e a Material Bruto, de São Paulo. No Brasil será distribuído comercialmente pela Embaúba Filmes, com previsão de estreia em abril de 2019.

SOBRE OS DIRETORES

JOÃO SALAVIZA

Nascido em Lisboa em 1984. Formado na ESTC, em Lisboa, e na Universidad del Cine, em Buenos Aires. Seu primeiro longa-metragem, MONTANHA, teve estreia mundial na Semana da Crítica do Festival de Veneza, em 2015. Veio na sequência de uma trilogia de curtas formada por RAFA (Berlinale Golden Bear 2012), ARENA (Palme d’Or no Festival de Cannes 2009) e CERRO NEGRO (Rotterdam em 2012). Recentemente voltou ao Festival de Berlim com os curtas ALTAS CIDADES DE OSSADAS e RUSSA (co-dirigido com Ricardo Alves Jr). CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS, co-dirigido com Renée Nader Messora, é seu segundo longa-metragem.

RENÉE NADER MESSORA

Nascida em São Paulo, em 1979. Formada em Direção de Fotografia pela Universidad del Cine, em Buenos Aires. Por 15 anos, trabalhou como assistente de direção no Brasil, Argentina e Portugal. Em 2009, Renée Nader Messora conheceu os Krahô e, desde então, ela trabalha com a comunidade, contribuindo na organização de um coletivo de jovens cinegrafistas. O foco do trabalho do grupo Mentuwajê Guardiões da Cultural é usar as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação da comunidade. CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS é seu primeiro longa-metragem.

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