Crítica: Aquaman (2018)

Aquaman / Eua, Austrália, 2018. 143 min. / Direção: James Wan / Com: Jason Momoa, Nicole Kidman, Amber Heard, Patrick Wilson, Willen Daffoe, Temuera Morrison

“Aquaman” foi a maior estreia da Warner na China em todos os tempos e o melhor lançamento de qualquer filme no país em dezembro ultrapassando 90 milhões de dólares de bilheteria. Esses dados alavancam o sucesso de umas das produções mais esperadas de 2018 imortalizando um dos mais populares heróis do universo das HQs e se antecipando à uma possível investida da Marvel com seu Namor – heróis das profundezas de Atlântida com características semelhantes.

Aqui temos a gênese do príncipe dos mares, descrito como o “único e verdadeiro rei” tal qual a história de Excalibur, onde Arthur terá que provar que seu destino atravessando desertos, mares e enfrentando batalhas e aprendendo que a autêntica liderança vem com misericórdia e discernimento próprio.

James Wan, o mago do terror, assume a direção de seu primeiro longa de super heróis apresentando uma galeria de interessantes personagens movidos por inveja, ambição e disputa. A fórmula é comum aos filmes do gênero com frases de efeitos e divertidos alívios cômicos, mas o grande charme está na extravagância visual do design de produção e a apoteose vibrante das batalhas sob os mares repletas de seres exóticos e um festival de referencias à cultura pop e a filmes como Aliens, Star Wars, O Senhor dos Anéis, Caçadores da Arca Perdida, Karate Kid e Valerian.

Jason Momoa finalmente consegue emplacar um papel principal com charme e convicção (depois do desastroso “Conan” de 2011) fazendo par com Amber Heard como a destemida princesa Mera, auxiliados por um elenco milionário com participações coadjuvantes de luxo como Nicole Kidman, Patrick Wilson, Willem Dafoe e Dolph Lundgren.

Sem pretensões de alcançar níveis epopéicos ou trazer vilões malignamente complexos (sim, estou falando de Thanos em “Os Vingadores”) “Aquaman” aposta em um roteiro enxuto e, até certo ponto, simplista, trazendo um dos melhores exemplares da DC Comics dos últimos tempos junto com “Mulher Maravilha”, consolidando a marca como forte concorrente da Marvel.

Obs: No Brasil, Aquaman desagua nas telas dia 13 de dezembro, antecipando o mercado norte americano que só poderá conferir após o dia 21 de dezembro.