A Paramount Pictures aposta no filme “Projeto Gemini” que nasceu em 1997 e passou uma trajetória longa até chegar no resultado final, em 2019. Vários diretores e astros passaram por esse projeto que estava destinado a ficar nas mãos do diretor chinês Ang Lee e do ator norte americano Will Smith. Como foram muitos anos até sua realização, Ang Lee, que é um diretor que adora novidade está aproveitando esse filme para experimentar uma nova tecnologia. E é nesse tipo de projeto, Will Smith gosta de embarcar.

O filme é uma aventura de ação e ficção científica, onde Ang Lee conseguiu proporcionar na tela ótimas cenas de ação, como da perseguição na Colômbia em um duelo de tirar o fôlego entre Henry Brogan e Junior. O livro é um sucesso de vendas e fala muito sobre questões de ética do uso dos clones. Discussões filosóficas e teorias sobre o que é certo e errado entre ética, ciência, humanidade são levantadas de forma discreta no filme, mas estão lá. Podemos ver muito mais nas expressões dos personagens do que nas falas.

O elenco tem Will Smith contracenando com Benedict Wong e Mary Elizabeth Winsted. O trio está bem em seus personagens com interpretações equilibradas. Will Smith teve que trabalhar a personalidade e o histórico de tanto de Brogan, quanto de seus clones. O ator está bem em todos os personagens e vemos as diferenças nas interpretações. Tem diferenças acentuadas também na caracterização de todos os clones e seu original.

Benedict Wong, conhecido como “Wong”, Feiticeiro Supremo da Terra, dos filmes da Marvel, tem uma interpretação descontraída, leve e que ganha a simpatia de quem assiste. Baron é aquele cara simpático, amigo leal e ele funciona como um refresco em meio tanta tensão.

Já a atriz Mary Elizabeth Winsted interpreta a agente Danny Zakarweski designada para vigiar Henry e depois se alia a ele quando descobre a verdade sobre sua agência.

O mesmo não podemos dizer de Clive Owen, que interpreta o vilão Clay Varris. O ator está sem expressão e parece que estava desanimado com o trabalho. O que ficava mais visível quando o ator contracenava com seus colegas. Uma pena.

Talvez pode ser por causa do roteiro que não ajudou a deslanchar a história. O trio de roteiristas formado por David Benioff, Billy Ray e Darren Lemke não conseguiu um roteiro a altura do argumento.   Alguma coisa aconteceu e o roteiro não funcionou. O que nos surpreende, já que, os roteiristas tem trabalhos conhecidos como David Benioff foi roteirista da série “Game Of Thrones”, Billy Ray foi roteirista de “Jogos Vorazes” e Darren Lemke de “Shazam!”

Já a nova tecnologia 3D+ não poderia ter mãos mais apropriadas do que Ang Lee para ser apresentada ao mundo. No cinema tradicional são feitos 24 frames por segundo e na nova tecnologia são 60 quadros por segundo. Com isso, as cenas são mais valorizadas. Essa tecnologia proporciona mais profundidade, é menos cansativo e mais realista.

Os efeitos são bons, salvo em algumas poucas cenas que ficou com ar de artificial. Mesmo assim, “Projeto Gemini” é um bom filme.

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