Esta semana  o Itaú Cultural inaugurou  em seu site www.itaucultural.org.br a coluna mensal Grande Angular. Focada em aproximar profissionais de cinema e o público, combinando análises e entrevistas que debatem a presença da mulher nas produções cinematográficas no Brasil e no exterior, a publicação é assinada pela jornalista e criadora do site Mulher no Cinema, Luísa Pécora.

O objetivo é mostrar que as realizadoras devem ter as mesmas oportunidades e a mesma liberdade dos cineastas homens para realizar qualquer tipo de projeto. Luísa abre sua coluna chamando a atenção para a cerimonia do Oscar 2021, que premiou, pela segunda vez em sua história, uma cineasta mulher na categoria Melhor Direção. Com Nomadland, a cineasta chinesa Chloé Zhao subiu ao palco para se tornar não só a segunda mulher, mas também a primeira asiática e a primeira não branca a vencer na categoria. Lembrando que a primeira foi a americana Kathryn Bigelow, em 2010, com a realização de Guerra ao terror

Em um texto repleto de números e índices, ela demonstra que o avanço da representatividade feminina na indústria cinematográfica ainda é tímido. Os números de filmes dirigidos por mulheres indicam que, apesar de algum crescimento, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa e, ainda mais, no Brasil, as cineastas ainda têm pouca presença neste universo.

Desigualdade de raça e gênero

Acompanhando pesquisas do Grupo de Estudo Multidisciplinar de Ação Afirmativa (Gemaa), ligado à Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), Luísa também demonstra que entre os filmes nacionais lançados entre 1970 e 2016, vistos por mais de 500 mil espectadores, nenhum foi dirigido ou roteirizado por mulheres negras. Além disso, mulheres brancas representaram 36% dos elencos principais, enquanto mulheres negras ficaram em 2%.

Saiba mais em www.itaucultural.org.br, nas últimas quartas-feiras de cada mês

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