Projeto conta com participação de 25 entrevistados (Foto: Divulgação)

O documentário Autodeclarado, dirigido por Maurício Costa, terá sessões públicas nos dias 11 de julho, em Brasília, e 12 de julho, em São Paulo. O filme discute colorismo, racismo, identidade racial e política pública de cotas no Brasil. 

Segundo Costa, “as cotas raciais são o instrumento mais importante e inclusivo de combate à desigualdade racial. Elas mudaram e continuam mudando as universidades e o serviço público e precisam continuar existindo por mais algumas décadas, para que possam reverter, efetivamente, os efeitos da desigualdade racial histórica.” 

Autodeclarado coloca ao centro as histórias de Luan Myque Figueira da Silva, Luciene Guimarães de Faria, Cristina Sousa, Bárbara Kruczyski, Janedson Almeida e Glaucielle Dias. O documentário parte de suas experiências como sujeitos de comissões de verificação em diferentes regiões e intstuições do país, com resultados diversos. 

O projeto conta ainda com a participação de 25 entrevistados, incluindo lideranças históricas no movimento negro no Brasil, os criadores e redatores da regulamentação das comissões de verificação, reitores de universidades federais e privadas, acadêmicos, youtubers e influenciadores digitais negros, negras, pardos e pardas. 

Entre os entrevistados, estão: Frei Davi, diretor executivo da EDUCAFRO; Prof. José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares; Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); Spartakus Santiago e Winnie Bueno, ambos influenciadores negros de grande alcance; Natalino Salgado, reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); e Demétrio Magnoli, sociólogo e jornalista. 

O trailer de Autodeclarado destaca como se dá o processo de seleção de cotistas, possíveis fraudes e as questões complexas que envolvem o tema. O material é formado por trechos dos depoimentos do documentário.  

“A divisão interessa mais a quem é contra as cotas raciais do que a quem as defende. Como afirmou um de nossos entrevistados, temos de discutir a inclusão, em vez de discutir a exclusão.  Além disso, meu entendimento da experiência racial, no Brasil, mudou, e espero que o filme faça o mesmo para o público”, explicou o diretor.

Autodeclarado
(Divulgação)

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