Nostalgia

 

Nostalgia, filme italiano exibido em Cannes, estreia nos cinemas brasileiros no dia 5 de outubro. Pierfrancesco Favino (O Traidor) interpreta o protagonista que volta à sua cidade natal, Nápoles, 40 anos depois e a encontra transformada. Nostalgia é um longa sobre o passado pelo olhar do presente, as transformações e mudanças pelas quais passaram tanto Nápoles quanto seu protagonista quando retorna à sua cidade. É nesse tom que se desenvolve o filme dirigido por Mario Martone, que chega aos cinemas do Brasil no próximo dia 5 de outubro, com distribuição da Pandora Filmes.

Filme italiano exibido em Cannes

Nostalgia foi exibido no Festival de Cannes e indicado em nove categorias no prêmio da Academia Italiana de Cinema, o David di Donatello, – entre elas, Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. Desde sua exibição em Cannes, o filme tem sido muito bem recebido, tendo diversas críticas elogiosas:

“O filme lindamente filmado e soberbamente composto de Mario Martone oscila à beira de algo especial”, diz Peter Bradshaw, no jornal The Guardian. “Com o queixo sempre contraído e a testa sempre franzida, o estoicamente carismático Favino é a âncora humana certa para este projeto: simpático de uma forma forte e silenciosa, mas igualmente capaz de se fundir nos quadros movimentados e sombrios da agitação urbana do filme”  , escreve Guy Lodge, na Variety.

Um olhar sobre um bairro Nápoles

O diretor explica que busca em Nostalgia algo muito próximo da atualidade, deixando o longa aberto aos acontecimentos durante a filmagem. “Fiquei fascinado com a ideia de fazer um filme não dentro de uma cidade, mas dentro de um bairro, como se fosse um tabuleiro de xadrez, e por isso todas as ruas, casas e indivíduos que aparecem no filme são exclusivamente do Rione Sanità, um bairro napolitano separado do mar.”

Para conseguir a naturalidade e desbravar o bairro, ele conta que convidou elenco e equipe a andar pelas ruas, a se perder naquele lugar, como um labirinto, e, só assim, começar a entender o que realmente é aquele lugar. “Com a câmara nos ombros, começamos a caminhar pelas ruas, na nossa interpretação do cinema da realidade. Encontro após encontro, vida após vida, história após história, acabamos filmando a última cena nos perguntando qual seria o seu significado, e não conseguimos encontrá-la. Talvez não haja sentido, talvez nunca tenha havido. Existe o labirinto e existe a nostalgia, que é o destino de muitos, e talvez de todos nós.”

Nascido em Roma, o protagonista Favino, conta que o maior desafio para o papel foi aprender o dialeto napolitano. “Na Itália, há um enorme respeito pela língua napolitana. Todos os nossos dramaturgos vêm de Nápoles. E há uma história incrível de atores napolitanos que sempre admirei. e eu estava cercado por napolitanos, então não só tive que aprender, mas também temi o julgamento deles.” Além disso, ele também aprendeu um pouco de árabe para o filme, pois seu personagem vive no Oriente Médio.

Ficha Técnica

Direção: Mario Martone

Roteiro: Martone, Ippolita di Majo, baseado em livro de Ermanno Rea

Produção: Luciano Stella, Roberto Sessa, Maria Carolina Terzi, Carlo Stella

Elenco: Pierfrancesco Favino, Francesco Di Leva, Tommaso Ragno, Aurora Quattrocchi, Sofia Essaidi, Nello Mascia, Emanuele Palumbo, Artem, Salvatore Striano, Virginia Apicella

Direção de Fotografia: Paolo Carnera

Desenho de Produção: Carmine Guarino

Montagem: Jacopo Quadri

Gênero: drama

País: Itália

Ano: 2022

Duração: 117 minutos

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