Diana Mattos interpreta a protagonista do longa dirigido e roterizado por Marcelo Botta (Foto: Divulgação)

Durante o mês de março, Betânia será exibido na mostra competitiva de três festivais na França, depois de sua première em Berlim, no mês passado. O longa escrito e dirigido por Marcelo Botta, estará presente em todos os festivais em solo francês. A primeira exibição é já no próximo dia 17, no 36º Cinélatino, Rencontres de Toulouse – Cinémas d’Amérique Latine, que vai até 24 de março quando será entregue o Coup de Cœur para um dos doze filmes da competição.

A produção conta com o apoio do Projeto Paradiso para participar do Cinelátino em Toulouse. Durante o festival, o diretor também apresentará, dentro do 19º  “Cinéma en Développement”, o projeto do seu próximo longa “Bramaica”, filme em fase de roteiro que será rodado no Maranhão e na Jamaica.

Produzido pela Salvatore Filmes, em coprodução com o Canal Brasil, Betânia estará também na competição principal do 12º  Festival Ojoloco du Cinéma ibérique & latino-americain, entre 19 e 31 de março. O evento destaca a cultura ibérica e latino-americana, sendo realizado nas cidades de Grenoble e Isère, ambas na França. Além de Betânia, apenas mais sete filmes concorrem ao prêmio principal.

Por fim, nesse mês ainda, o longa desembarca na capital francesa onde também compete no 26º  Festival du Cinéma Brésilien de Paris, que ocorre entre 26 de março e 04 de abril, e tem como foco as principais produções brasileiras ainda inéditas na Cidade Luz.

Realizado no Maranhão, a narrativa de Betânia é dividida em duas épocas distintas, acompanhando a cheia e a seca dos Lençóis Maranhenses. O longa conta a história da parteira Betânia (Diana Mattos), nascida no povoado de mesmo nome. Após a perda de seu marido, ela busca na família, na comunidade e na batida ancestral do Bumba Meu Boi a força para recomeçar sua vida aos 65 anos de idade.

Com um elenco composto exclusivamente de moradores e moradoras do Maranhão – inclusive os personagens franceses são interpretados por imigrantes que moram no estado nordestino –, Botta coloca na tela atores e atrizes estreantes que se revelam donos e donas de um talento nato. Além do Bumba Meu Boi, o filme traz muitos momentos musicais de Tambor de Crioula, Reggae Remix, entre outros gêneros maranhenses.

O filme, reflete Botta, talvez seja sobre esse sentimento atual que paira sobre o mundo. “A duna que desvia o rio que destrói as casas do povoado nos leva a refletir sobre a tragédia climática que está batendo em nossas portas”.

Mas esse, também explica o cineasta, não é um filme pessimista, “Assim como as flores que surgem nos Lençóis na época da seca, Betânia e sua família renascem.” E, pelo visto, o cinema brasileiro também.

Ficha Técnica

Roteiro e Direção: Marcelo Botta

Elenco: Diana Mattos, Ulysses Azevedo, Nádia de Cássia, Caçula Rodrigues, Michelle Cabral, Tião Carvalho, Rosa Ewerton Jara, Vitão Santiago, Anouk Mulard, Caiçara Vibration e Tim Vidal

Produção: Marcelo Botta e Gabriel Di Giacomo

Produção Executiva: Maria Isabel Abduch e Luciana Coelho

Fotografia: Bruno Graziano

Montagem: Marcio Hashimoto

Trilha Sonora: Tião Carvalho, Edvaldo Marquita da Betânia e Misael Pereira da Betânia

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