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Livro que inspirou Zé será relançado com edição revista e ampliada

Lucas Furtado

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O ponto de partida do filme Zé foi o livro de mesmo nome, escrito por Samarone Lima, escritor cearense que investigou a vida do militante em arquivos da repressão, entrevistas com militantes contra a ditadura, familiares e amigos. Nascido em março de 1946 e assassinado em outubro de 1973, o personagem-título do longa participou da Ação Popular Marxista-Leninista (APML).

O livro que deu origem ao filme está fora de catálogo há pelo menos 10 anos. No entanto, o escritor Samarone Lima lançou uma campanha de pré-venda de uma segunda edição revista e atualizada com entrega prevista para o janeiro de 2025. Os livros da nova edição podem ser adquiridos junto com o autor.

Para adquirir o exemplar é preciso fazer um pix no valor de R$100 para a chave [email protected] (em nome de Samarone Lima). Em seguida, é preciso enviar o comprovante para o WhatsApp do escritor (81) 99988-4003.

A nova edição

Com o avanço da Democracia no Brasil, e a criação da Comissão da Verdade, em 2011, foi possível encontrar documentos oficiais sobre diversos crimes da ditadura. A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, de Pernambuco, criada pelo governador Eduardo Campos, em 2012, se debruçou sobre o caso do suposto tiroteio no Recife, em outubro de 1973. Ouviu parentes, militantes da AP, e levantou uma grande quantidade de documentos referentes ao caso. O autor acompanhou toda a investigação e consegui cópias dos depoimentos oficiais e depoimentos.

Foi batizada de “Operação Cacau” a infiltração de Gilberto Prata na AP, que resultou na prisão de Zé e seus companheiros de Ação Popular. No relatório do Exército, há depoimentos de presos, registros, relatos de ações que estavam sendo monitoradas e fotos do Zé, ao lado de sua companheira, Madalena Prata Soares, em Salvador, pouco antes de sua prisão.

Em julho de 2020, Samarone resolveu fazer uma nova pesquisa. Entrevistou outros amigos do Zé, velhos militantes da AP, irmãos que não tinham falado na primeira pesquisa, entre eles, Dorival Mata Machado, que nasceu em 1972, quando os pais eram militantes clandestinos, na periferia de Fortaleza-CE. Samarone pretende aprofundar o tema da “Luta desarmada”, que terá dois outros volumes, até 2026.

O filme

Dirigido por Rafael Conde e tendo Caio Horowicz interpretando o protagonista, a produção conta a história de José Carlos da Mata Machado. Líder do Movimento Estudantil, ele muda de vida e vai trabalhar na conscientização política de trabalhadores e na criação de núcleos no Nordeste na clandestinidade. Em meio a sua liderança na APML, ele precisa resolver dilemas familiares e fugir da repressão da ditadura militar.

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