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Quando Eu Me Encontrar estreia em 19 de setembro
Longa-metragem de estreia da dupla Amanda Pontes e Michelline Helena, Quando Eu me Encontrar chega aos cinemas brasileiros em 19 de setembro, com produção da Marrevolto Filmes e distribuição da Embaúba Filmes.
Ganhador dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro pelo Júri da Crítica no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba em 2023, o drama musical acompanha como a partida da jovem Dayane transforma a vida da sua família. Sua mãe, Marluce (Luciana Souza), tenta de tudo para não demonstrar o choque que a despedida da filha lhe causou. A irmã mais nova, Mariana (Pipa), enfrenta alguns problemas na nova escola onde está estudando. Antônio (David Santos), noivo de Dayane, se vê num vazio e busca obsessivamente por respostas através da melhor amiga de Dayane, a cantora Cecília (Di Ferreira).
As cineastas buscaram trazer à tela personagens e dramas inspirados em experiências autênticas.: “O filme fala de pessoas comuns, que vivem dramas cotidianos e que manejam suas vidas em meio aos percalços da vida real. Muita gente assiste e comenta conosco que se viu em algum personagem ou situação, então acreditamos que a conexão do público se dá justamente por se enxergar naqueles personagens”, concluem Amanda e Michelline.
Este é o primeiro longa dirigido pela dupla, que co-roteirizou o filme “A Filha do Palhaço” junto ao cineasta Pedro Diogenes, e assinou a direção dos curtas “Do Que Se Faz de Conta” (2016) e “Oceano” (2018), e do documentário “Topofilia” (2017).
Curiosamente, o pontapé para o projeto foi justamente uma dessas produções.“No primeiro curta que dirigimos juntas, chamado ‘Do Que Se Faz de Conta’, havia uma personagem chamada Dayane, que aparecia em apenas uma cena e dizia justamente que estava indo embora e iria deixar apenas um bilhete para sua mãe, pois não tinha coragem de se despedir. Esse elemento ficou presente no nosso imaginário e a partir daí começamos a fabular sobre isso num contexto mais amplo, dentro do viés das relações familiares e afetivas, as quais são pautas recorrentes no nosso trabalho”, contam as diretoras.
A produção é marcada por uma narrativa sonora profundamente influenciada pela música popular brasileira. O filme incorpora clássicos que não apenas complementam a história, mas também elevam as emoções dos personagens. Entre as músicas destacadas está a que inspira o título ao filme, “Preciso Me Encontrar”, do Cartola, que ressoa com os temas de busca e descoberta pessoal presentes na história.
“Nosso jeito de criar sempre é permeado por canções que influenciam e inspiram de alguma forma todo o processo”, explicam. “Pelo fato de termos uma personagem cantora (Cecília, a melhor amiga de Dayane), que usa também a música como comunicação dentro da mise-en-scène, essa presença musical se torna mais forte e, para nós, se faz essencial para contar a história”.
Realizado inteiramente na cidade de Fortaleza, no Ceará, QUANDO EU ME ENCONTRAR é mais um dos destaques do cinema cearense deste ano. A vivência das diretoras permeia a narrativa com elementos autênticos da cultura do estado, como a banca de “pratinho” que Marluce administra como seu segundo emprego informal. O quiosque, localizado em frente à sua casa, vende marmitas e pratos prontos, trazendo um toque genuíno do cotidiano de Fortaleza. Além disso, os lugares onde os personagens circulam são emblemáticos para a cidade.
Fora os prêmios conquistados no Festival Internacional de Curitiba, o filme também foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2023); na Mostra de Cinema de Gostoso (2023); no Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema (2023); no Festival de Cinema de Vitória (2023), onde levou os prêmios de Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Interpretação para Pipa; e no Festival Guarnicê de Cinema (2023), onde o elenco foi destaque, levando para casa os prêmios de Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e, por último, Melhor Direção de Arte.
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