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Quarta edição da mostra Faróis de Cinema será dedicadas; festival começa nesta terca (27) no Rio

Lucas Furtado

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A CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe, de 27 de agosto a 08 de setembro (terça-feira a domingo), a quarta edição da mostra Faróis do Cinema, desta vez dedicada exclusivamente a diretoras.  Serão exibidos 12 longas-metragens dirigidos por cineastas brasileiras de várias gerações, acompanhados por outros 11 longas e quatro curtas indicados por elas como seus “faróis”, obras que as inspiraram nas suas trajetórias e foram importantes na formação dos seus olhares. 

Faróis do Cinema – Mulheres Cineastas tem curadoria de Mariana Bezerra Cavalcanti e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. A entrada é gratuita para todas as sessões e atividades extras.

A ideia da mostra é investigar as fontes de inspiração e os diálogos possíveis entre a diretora e a espectadora que convivem em cada cineasta. Ela foi inspirada na série de postagens “Faróis”, do DocBlog, que o crítico de cinema Carlos Alberto Mattos mantinha no portal O Globo. Susanna Lira abre esta quarta edição da mostra, no dia 27, com uma pré-estreia de Fernanda Young, foge-me ao controle e a exibição do seu “farol” Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho. 

Aída Marques, diretora de Agudás – Os brasileiros do Benin, indicou Hiroshima Meu Amor, de Alain Resnais. Mangueira em dois tempos, de Ana Maria Magalhães, será acompanhado por Viver a vida, de Jean-Luc Godard. Beth Formaggini, diretora de Xingu Cariri Caruaru carioca, escolheu Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, como seu “farol”. Já Clarissa Campolina, codiretora de Enquanto estamos aqui, tem como “farol”Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. 

Helena Ignez apresenta seu mais recente filme, A alegria é a prova dos nove, e Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder. Como nossos pais, de Laís Bodanzky, faz par com A hora da estrela, de Suzana Amaral. Luciana Bezerra, codiretora de A festa de Léo, indicou quatro curtas de Kleber Mendonça Filho – Vinil verde, Eletrodoméstica e Noite de sexta, manhã de sábado. Marina Meliande, diretora de Mormaço, tem como “farol” O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla. Patrícia Niedermeier, codiretora de Salto no vazio, indicou As praias de Agnès, de Agnès Varda. A dupla jornada, de Helena Solberg, é o “farol”de Tetê Moraes, diretora de O Sol – Caminhando contra o vento.E Adeus América, de Sergio Oksman, foi o filme escolhido por Theresa Jessouroum, diretora de O corpo é nosso!. “

“Faróis do cinema não cabe num formato, já foi blog, mostra, programa de TV e quanta coisa ainda pode ser… Pode se expandir ou se retrair, como a luz projetada na tela do cinema, como a luz que ilumina a rota do navio. Navegar é preciso, como é preciso contar e ouvir essas histórias. São elas que formam o Cinema Brasileiro. Hoje, no Brasil, temos muitas diretoras de cinema, mas nem sempre foi assim e, com certeza, não foi nada fácil chegarmos até aqui. Nesta edição temos o prazer de ver cineastas de várias gerações reunidas, disponibilizando seus filmes, suas inspirações e conversando presencialmente sobre seus processos criativos”, comenta a curadora Mariana Bezerra Cavalcanti. 

Atividades extras

A mostra realizará diversos bate-papos com as cineastas convidadas, com mediação dos críticos de cinema Leonardo Luiz Ferreira e Carlos Alberto Mattos, após as exibições de alguns filmes. Além disso, no dia 4 de setembro (quinta), às 19h, Mattos e Mariana Bezerra Cavalcanti fazem uma palestra sobre a história da mostra, contando casos, conversas e filmes que foram exibidos, desde a primeira edição, em 2010. E no sábado, 31 de agosto, às 13h15, haverá uma oficina com a cineasta mineira Clarissa Campolina, codiretora de Enquanto estamos aqui. Será um encontro voltado para discutir a criação cinematográfica, desde a concepção artística até a execução prática. As vagas são limitadas (25 pessoas) e a classificação etária ee de 16 anos.

“A oficina tem como objetivo, através do estudo de caso do curta-metragem Solon, explorar a integração entre conteúdo e forma no cinema. Serão abordados como os planos de produção devem equilibrar as questões criativas do projeto, seu orçamento e a habilidade da equipe envolvida”, resume Clarissa.

Programação

27 de agosto

15h – Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho (Brasil, 1984, 119 min, Cor, 12 anos)

18h – Sessão especial de abertura, pré-estreia de Fernanda Young, foge-me ao controle, de Susanna Lira (Brasil, 2024, 87 min, 16 anos, Cor)

28 de agosto

16h – Como nossos pais, de Laís Bodanzky (Brasil, 2017, 102 min, 14 anos, Cor)

18h10 – A hora da estrela, de Suzana Amaral (Brasil, 1985, 96 min, Cor, 12 anos)

29 de agosto

15h30 – Quanto mais quente melhor (Some like it hot), de Billy Wilder  (EUA, 1959, 120 min, P&B, Livre)

18h – Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna (Brasil, 1974, 91 min, Cor, 16 anos)

30 de agosto

16h – Helena de Guaratiba, de Karen Black (Brasil, 2023, cor, 15 min, 10 anos)

A alegria é a prova dos nove, de Helena Ignez (Brasil, 2023, 100 min, Cor, 14 anos)

18h – Bate-papo com Helena Ignez e Clarissa Campolina

31 de agosto

13h15 – Oficina sobre criação cinematográfica, com a cineasta Clarissa Campolina. 25 vagas. 16 anos. 

15h15 – Enquanto estamos aqui, de Clarissa Campolina e Luiz Pretti (Brasil, 2019 78 min, 12 anos, Cor)

17h – A festa de Léo, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo (Brasil, 2023, 82 min, 12 anos, Cor)

18h40 – Bate-papo com Luciana Bezerra e Beth Formaggini

01° de Setembro

13h30 – Xingu Cariri Caruaru carioca, de Beth Formaggini (Brasil, 2017, 92 min, Livre, Cor)

15h30 – Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha (Brasil, 1964, 123 min, 14 anos, P&B)

03 de Setembro

16h – Viver a vida (Vivre sa vie), de Jean-Luc Godard  (França, 1962, 83 min, P&B, 16 anos)

18h – Mangueira em dois tempos, de Ana Maria Magalhães (Brasil, 2019, 90 min, 12 anos, Cor)

04 de Setembro

15h – Hiroshima, meu amor (Hiroshima, mon amour), de Alain Resnais (França/Japão, 1959, 90 min, P&B, 16 anos)

17h – Adeus América, de Sergio Oksman (EUA, 2006, 72 min, Cor, 14 anos)

18h30 – Palestra com Carlos Alberto Mattos, crítico de cinema e autor do blog que deu origem à mostra Faróis do Cinema, e Mariana Bezerra, idealizadora e curadora.

05 de Setembro

14h – Agudás – Os brasileiros do Benin, de Aída Marques (Brasil, 2023, 97 min, Cor, Livre)

16h – sessão com tradução para Libra – O corpo é nosso!, de Theresa Jessouroum (Brasil, 2019, 85 min, 14 anos, Cor)

18h- Bate-papo com Theresa Jessouroum e Aída Marques

06 de Setembro

14h – A dupla jornada, de Helena Solberg (Argentina/Bolívia/México/Venezuela, 1975, 53 min, Livre)

15h30 – Salto no vazio, de Patricia Niedermeier e Cavi Borges (Brasil, 2017, 70 min, Cor, 14 anos)

17h – O Sol – Caminhando contra o vento, de Tetê Moraes (Brasil, 2006, 95 min, 14 anos, Cor e P&B)

18h40 – Bate-papo com Tetê Moraes e Patrícia Niedermeier

07 de Setembro

13h15 – O bandido da luz vermelha, de Rogério Sganzerla  (Brasil, 1968, 92 min, P&B, 14 anos)

15h15 – Mormaço, de Marina Meliande (Brasil, 2019, 97 min, 14 anos, Cor)

17h – Bate-papo com Marina Meliande

08 de Setembro

14h – Vinil verde, de Kleber Mendonça Filho (2004, Brasil, 13 min, Cor, 16 anos)

Serviço:

Mostra Faróis do Cinema – Mulheres Cineastas

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio

Endereço: Rua do Passeio, 38 – Centro (Estações do Metrô e VLT: Cinelândia)

Telefone: (21) 3980-3815

Data: de 27 de agosto a 8 de setembro de 2024 (terça-feira a domingo)

Horários: Consultar a programação

Ingressos: Entrada gratuita com distribuição de senhas 30 min antes do início das sessões e das atividades extras

Lotação:  62 lugares

Bilheteria: terça-feira a sábado, das 13h às 19h. Domingo e feriados, das 13h às 18h.

Classificação Indicativa: Consultar a programação

Acesso para pessoas com deficiências.

Realização: Khora Comunicação e Produção

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

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